Francisco: Peregrinos argentinos quiseram despedir-se do seu conterrâneo, Jorge Mario Bergoglio

«É como se o mundo também te incluísse e te reconhecesse mais» – Leonel Moreno

Foto: Lusa/EPA

Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano

Cidade do Vaticano, 26 abr 2025 (Ecclesia) – A peregrina argentina Célia del Valle Sánchez e Leonel Moreno, jogador de râguebi que atua na Itália, quiseram marcar presença no funeral do Papa Francisco, o seu conterrâneo Jorge Mario Bergoglio, na manhã deste sábado, no Vaticano.

“Foi algo que me emocionou muito, algo grande. Primeiro porque tínhamos uma ligação com o Papa, que era argentino, e um evento massivo que atraiu tanta gente, tanta gente importante”, assinalou Leonel Moreno, em declarações à Agência ECCLESIA.

O jogador de râguebi argentino, que está a jogar na Itália, considerou que “era um bom momento para participar de um evento assim”, para o conterrâneo do Papa Francisco foi “uma experiência incrível”, e não sabe se vai “voltar a viver isso na vida”.

A “Missa exequial pelo Romano Pontífice Francisco” realizou-se na manhã deste dia 26 de abril, concelebrada pelos cardeais e patriarcas das Igrejas Orientais Católicas, na Praça de São Pedro, no Vaticano.

O Papa Francisco faleceu na segunda-feira, aos 88 anos de idade, após mais de 12 anos de pontificado, na sequência de um AVC, quando se encontrava em convalescença na Casa de Santa Marta, no Vaticano.

“Jorge Mario Bergoglio partiu, esperávamos vê-lo vivo e Deus quis que isso não acontecesse, mas tudo bem, eu confio muito no Senhor e acredito que tudo o que acontece está sob a sua proteção”, realçou Célia del Valle Sánchez, à Agência ECCLESIA.

A peregrina argentina afirmou o “orgulho de ter tido um Papa que representou” o seu país, e assinalou que ‘o Papa do fim do mundo’ “realmente foi uma surpresa”, para além da “muita emoção” quando Jorge Mario Bergoglio foi nomeado, “algo histórico, que ficará na memória”.

“Além disso, passou para a história que um argentino foi Papa, então muito orgulho, muito orgulho. É um Papa que representava o povo argentino, representava a solidariedade, amava os pobres, ele já tinha a sua trajetória na Argentina, então, para nós, repito, é um orgulho, um orgulho ter tido um Papa que nos representa”, desenvolveu Célia del Valle Sánchez.

Já para Leonel Moreno “significou muito” ter um Papa natural da Argentina, porque “é como se o mundo também te incluísse e te reconhecesse mais”.

O jogador de râguebi, que não é “muito crente”, conta que de tudo o que o Francisco tentou fazer no pontificado, o que mais o comoveu, “ele quis mudar um pouco as coisas”, foi não querer “usar os três caixões”, no funeral.

“Para mim isso foi fundamental e são os ensinamentos que ele nos deixa, digamos assim. Acho-os pertinentes”, acrescentou.

Segundo dados das autoridades locais, citadas pelo Vaticano, “cerca de 250 mil pessoas assistiram ao funeral”; após a celebração, o caixão regressou ao interior da Basílica de São Pedro, e foi transportado pelas ruas de Roma, em carro aberto, para a Basílica de Santa Maria Maior, onde o Francisco escolheu ser sepultado.

OC/CB

 

Vaticano: Decano do Colégio Cardinalício homenageia Papa que estava «no meio do povo» e abriu a Igreja a todos

Partilhar:
Scroll to Top