Francisco: Papa tem «inegável carisma», diz sacerdote português da Cúria Romana

Monsenhor António Manuel Saldanha destaca a atenção que Francisco captou dentro e fora da Igreja

Angra do Heroísmo, Açores, 12 mar 2014 (Ecclesia) – Monsenhor António Manuel Saldanha, adido na Congregação para as Causas dos Santos (Santa Sé), considera que o Papa Francisco tem um “inegável carisma” capaz de captar atenções.

“O Papa tem convocado apenas com a força de um inegável carisma, praticamente todos os protagonistas da atual política internacional. A sua palavra e o pedido de uma jornada de jejum a favor da paz na Síria, foi suficiente para dissuadir a entrada naquele país de contingentes militares que mais agudizariam a situação no terreno”, escreve o sacerdote português, em texto publicado no portal da Diocese de Angra.

“Foi o Papa quem chamou a atenção para o atual drama dos refugiados que chegam clandestinamente ao nosso continente. O mundo da economia também o ouve com respeito” acrescenta monsenhor António Manuel Saldanha.

O responsável destaca que Francisco veio de um contexto histórico e cultural “muito diferente do europeu”, facto que lhe “ditou a força espiritual que tem demonstrado e o modo como tem desempenhado o seu pontificado”.

“Na Igreja, há uma enorme onda de simpatia por este Papa que desarma no despojamento dos pormenores”, mas “a linguagem do atual Papa, despida de conceitos abstratos, os seus gestos simples e genuínos são um código entendido por todos, mesmo pelos não cristãos”.

Já no que diz respeito à doutrina, monsenhor António Manuel Saldanha considera que esta é “a mesma de Paulo VI, João Paulo II ou Bento XVI, “em perfeita continuidade com estes pontificados” e segue “as coordenadas pastorais do mais recente Concilio Ecuménico, o Vaticano II, o qual veio trazer à Igreja um vigor espiritual e um renovamento pastoral”.

“Trata-se de um pontificado que tem dado muitas respostas aos homens e mulheres deste tempo, porque o Papa Francisco soube converter a cátedra de Pedro num portal da esperança e este vai ser no futuro, o melhor legado deste pontificado”, conclui a análise do sacerdote açoriano publicada pela Diocese de Angra.

MD

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