Francisco: Dezenas de milhares de pessoas prestam homenagem junto do túmulo do Papa (c/fotos e vídeo)

Peregrinos fizeram fila desde as primeiras horas da manhã

Foto: Agência ECCLESIA/OC

Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano

Cidade do Vaticano, 27 abr 2025 (Ecclesia) – Dezenas de milhares de pessoas começaram hoje a prestar homenagem ao Papa Francisco, junto do seu túmulo, na Basílica de Santa Maria Maior.

Famílias, religiosos e grupos de peregrinos que vieram a Roma para o Jubileu passaram pela Porta Santa, emocionados e em silêncio, na primeira visita pública ao túmulo.

“Tornou-se um lugar de culto ainda mais visitado”, disse o presidente da Câmara de Roma, Lamberto Giannini, durante uma conferência de imprensa.

“Nos últimos dias, já tínhamos muitas presenças, mas elas aumentaram dez vezes e estamos a fazer todos os esforços de organização porque o amor dos romanos por Francisco é absolutamente visível”, acrescentou o autarca.

Desde as 07h00 (menos uma em Lisboa), quando as portas abriram, num momento acompanhado pela Agência ECCLESIA, a fila aumentou até milhares de pessoas que contornavam a Basílica até à parte traseira.

Depois de horas de espera, só se pode parar no túmulo do Papa durante alguns segundos, mas nem isso tem disuadido os peregrinos.

As visitas foram interrompidas às 15h45 (hora local, menos uma em Lisboa), para a cerimónia de homenagem dos cardeais.

A Basílica vai permanecer aberta até às 22h00 de hoje, estando a última entrada prevista para as 21h00, informa o Vaticano.

O Papa Francisco, que faleceu na última segunda-feira, aos 88 anos de idade, foi sepultado este sábado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, conforme desejo expresso em testamento, depois da Missa exequial na Praça de São Pedro.

Segundo as autoridades italianas, 250 mil pessoas estiveram na zona do Vaticano e outras 150 mil acompanharam o percurso do cortejo fúnebre pelas ruas da capital italiana.

Francisco deixou indicações sobre a sepultura num testamento espiritual, precisando que o sepulcro na Basílica de Santa Maria Maior (Roma) “deve ser de terra, simples, sem decoração especial e com a única inscrição: ‘Franciscus’”.

“Confiei sempre a minha vida e o meu ministério sacerdotal e episcopal à Mãe de Nosso Senhor, Maria Santíssima. Por isso, peço que os meus restos mortais repousem à espera do dia da ressurreição na Basílica Papal de Santa Maria Maior”, explica, num texto datado de 29 de junho de 2022.

O Papa refere que deixou pagas as despesas para a preparação da sua sepultura: “Serão cobertas pelo montante do benfeitor que encontrei, a ser transferido para a Basílica Papal de Santa Maria Maior e para a qual dei instruções apropriadas a monsenhor Rolandas Makrickas”, então comissário extraordinário da basílica papal, uma das quatro de Roma.

A última vez que um líder da Igreja tinha sido enterrado fora do Vaticano foi em 1924, quando os restos mortais do Papa Leão XIII foram levados para a Basílica de São João de Latrão, sede da Diocese de Roma, mais de 20 anos depois da sua morte, em cumprimento de um desejo expresso em testamento.

OC

Notícia atualizada às 14h45

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