Arquidiocese louva «imenso dom que foi para a Igreja e para o Mundo o amado Papa Francisco»

Évora, 21 abr 2025 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora salientou “a coragem e a fortaleza” do Papa em anunciar “profeticamente caminhos novos para a construção de uma nova Humanidade”, e para a renovação da Igreja, numa nota sobre a morte de Francisco.
“O povo santo de Deus que peregrina em terras alentejanas e ribatejanas que formam a Arquidiocese de Évora, com o seu presbitério, diáconos, consagrados, Instituto Superior de Teologia de Évora e seminários louvam a Deus pelo imenso dom que foi para a Igreja e para o Mundo o nosso amado Papa Francisco”, escreve D. Francisco Senra Coelho, na informação enviada à Agência ECCLESIA.
O Papa Francisco faleceu hoje, na Casa de Santa Marta, onde se encontrava em convalescença desde 23 de março, após um internamento de 38 dias no Hospital Gemelli, devido a problemas respiratórios, informou o Vaticano.
O arcebispo de Évora na nota ‘sobre a partida do Papa Francisco para a casa do Pai’, onde dá graças a Deus pelo dom da sua vida e do seu ministério, salienta “a sua coragem e a sua fortaleza” em anunciar “profeticamente caminhos novos para a construção de uma nova Humanidade e para a renovação da Igreja”, orientada pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
“A sua tenacidade e o seu amor incondicional na luta pela reforma da Igreja merecem de todos nós um compromisso de continuarmos na fidelidade ao seu genuíno pensamento, sem cedências a qualquer tipo de manipulação e pretensão de pensamento único”, assinala D. Francisco Senra Coelho, observando que existiram momentos em que “forças totalitárias tudo fizeram para o deter”.
Segundo o arcebispo de Évora só o futuro fará ver e perceber “a grandeza e dimensão visionária deste Papa”, quer para a Igreja quer para a Humanidade, e acrescenta que só o horizonte alargado do futuro “fará compreender o alcance e o dom que significa para a Igreja e para a Humanidade o Papa Francisco”.
Sobre o Papa Francisco, D. Francisco Senra Coelho, destaca o defensor da paz, da tolerância e do respeito pelas minorias, “sempre presente e junto dos mais pobres, excluídos e sofridos, pela sua proximidade e atenção no pormenor”, e que no seu amplo olhar para a Casa Comum, guiou “pelos caminhos da ecologia integral”, e que publicações como a Encíclica ‘Laudato Si’’ e a Exortação Apostólica ‘Laudate Deum’ “fazem da Igreja paladino da ecologia integral”.
“A sua corajosa reforma e atualização da Cúria romana e os seus constantes apelos ao perdão mundial das dívidas dos países pobres e as equitativas amnistias nacionais aos presidiários de quem se manteve sempre próximo e com quem construiu uma relação muito próxima e muito específica na história dos Papas”, lembrou ainda o arcebispo de Évora do pontificado do Papa argentino, recordando também com “gratidão as suas duas visitas a Portugal”.
A Arquidiocese de Évora informa que vai celebrar uma Missa de sufrágio pelo Papa Francisco, presidida pelo seu arcebispo emérito D. José Alves, esta terça-feira, dia 22 de abril, pelas 19h15, na igreja do Espírito Santo, em Évora.
O anúncio da morte do Papa foi feito pelo cardeal camerlengo, D. Kevin Farrell: “Queridos irmãos e irmãs, é com profunda dor que devo anunciar a morte do nosso Santo Padre Francisco. Às 07h35 desta manhã, o Bispo de Roma Francisco regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja”.
CB/OC
Notícia atualizada às 17h15