Responsáveis portugueses destacam pontificado inspirador e desafiante
Lisboa, 12 mar 2022 (Ecclesia) – O pontificado do Papa Francisco, iniciado a 13 de março de 2013, é visto por três bispos portugueses como um tempo de grande impacto na vida da Igreja Católica e da sociedade.
“É admirável a atenção do Papa à família, a juventude, aos idosos, aos migrantes”, disse à Agência ECCLESIA D. Joaquim Mendes, presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família.
“É uma grande marca desde pontificado”, acrescenta o bispo auxiliar de Lisboa.
O responsável destaca a intervenção “notável” do Papa no processo de receção da exortação ‘Amoris Laetitia’ (2016), publicada após as duas assembleias sinodais dedicadas à família, e o seu empenho “numa pastoral intergeracional”.
“Investindo na família, estamos a investir na construção da Igreja, de forma sólida”, precisa.
D. Antonino Dias, bispo de Portalegre-Castelo Branco, faz uma avaliação “muito positiva” deste pontificado, destacando os “desafios” que o Papa tem lançado à Igreja Católica, para uma “renovação constante”.
“Foram nove anos inesquecíveis, que faziam falta à Igreja”, sustenta, realçando a “empatia” que Francisco foi capaz de criar a nível mundial, surgindo como uma “autoridade” moral.
“É um Papa desafiante”, assume.
D. Manuel Felício, bispo da Guarda, refere, por sua vez, que “o mundo está diferente” com este Papa, destacando a atenção que lhe é dedicada pelos media.
“As grandes propostas que ele faz são acolhidas”, indica.
O responsável elogia a “linguagem simples” de Francisco, capaz de “provocar” as pessoas.
“Espero que o seu apelo à paz, com esta guerra na Ucrânia, seja ouvido”, conclui.
O cardeal Jorge Mario Bergoglio foi eleito há nove anos como sucessor de Bento XVI, após a renúncia do agora Papa emérito, assumindo o inédito nome de Francisco; é também o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja.
LFS/OC