Colômbia, Egito, Myanmar e Bangladesh foram outros destinos
Lisboa, 21 abr 2025 (Ecclesia) – O Papa cumpriu em 2017 a aguardada visita ao Santuário de Fátima, no Centenário das Aparições, canonizando Francisco e Jacinta Marto, os irmãos pastorinhos e videntes da Cova da Iria.
“Fátima é sobretudo este manto de Luz que nos cobre, aqui como em qualquer outro lugar da Terra quando nos refugiamos sob a proteção da Virgem Mãe para Lhe pedir, como ensina a Salve Rainha, ‘mostrai-nos Jesus’. Queridos peregrinos, temos Mãe, temos Mãe!”, disse Francisco, na homilia do 13 de maio, depois de ter chegado na véspera, tornando-se o quarto pontífice a visitar Portugal.
O percurso a pé para a Capelinha das Aparições ou os quase oito minutos de silêncio diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima foram momentos que marcaram o primeiro dia na Cova da Iria.
A 26 de fevereiro, o Papa deslocou-se à igreja anglicana de Todos os Santos, em Roma, a celebrar 200 anos, e elogiou o fim do clima de “hostilidade” entre os católicos e esta comunidade cristã.
Esta foi a primeira visita de um pontífice à igreja anglicana de ‘All Saints’, a menos de 3 quilómetros do Vaticano, na outra margem do Rio Tibre.
Na sua mensagem para a Quaresma de 2017, o Papa Francisco deixava apelos à defesa da vida “frágil” e alertava para as consequências negativas de uma vida centrada no “dinheiro”.
Os 60 anos do Tratado de Roma, assinalados em março, levaram até ao Vaticano os chefes de Estado e de Governo da União Europeiam, a quem Francisco disse que a “solidariedade” é a base do projeto comunitário.
O Papa alertou os responsáveis para a “tentação” de reduzir os ideais que estiveram na origem da UE a “necessidades produtivas, económicas e financeiras”, propondo um “novo humanismo europeu” para responder aos “problemas reais” das pessoas.
Depois de uma visita a Milão, Francisco rumou ao Egito, em abril, depois de atentados terroristas contra as comunidades cristãs.
Ainda em abril, o Papa visitou a região italiana de Emília-Romanha, atingida pelos sismos de 2012; num regresso às origens, deslocou-se também a Génova, onde se apresentou como filho de imigrantes.
Francisco quis ainda deslocar-se ao norte da Itália, para uma homenagem pessoal a dois sacerdotes católicos do século XX, Primo Mazzolari (1890-1959) e, mais tarde, o padre Lorenzo Milani, por ocasião do 50º aniversário da sua morte.
O Papa publicou o decreto que apresenta a “oferta da vida” como novo modelo jurídico para a abertura de processos de beatificação e canonização, distinto do “martírio” e do reconhecimento das “virtudes heroicas”.
Face a um desses muitos episódios de violência, Francisco viria a condenar o “massacre” que provocou pelo menos 13 mortos e dezenas de feridos numa igreja da Nigéria; já depois dos atentados terroristas de Barcelona, Francisco disse que “a morte e o ódio não podem ter a última palavra”.
A 1 de outubro, com uma pulseira de identificação amarela, o Papa entrou este domingo num centro para migrantes e refugiados em Bolonha, onde foi recebido em festa, para deixar uma mensagem contra o medo e em favor do acolhimento de todos.
Francisco proclamou como santo o sacerdote português Ambrósio Francisco Ferro, morto no Brasil a 3 de outubro de 1645 durante perseguições anticatólicas, por tropas holandesas.
No I Dia Mundial dos Pobres, o Papa denunciou no Vaticano a “indiferença” perante os problemas dos mais necessitados, considerando que esta omissão é “o grande pecado contra os pobres”.
De 26 de novembro a 2 de dezembro, o Papa visitou o Mianmar e Bangladesh, numa viagem marcada pela crise dos refugiados Rohingya.
Francisco manifestou hoje a sua solidariedade às pessoas em fuga do Mianmar para o Bangladesh, pedindo “perdão” pelos que os perseguem e pela “indiferença” do mundo.
“A presença de Deus hoje também se chama rohingya”, disse.
OC