Francisco/12.º aniversário Papa tem sido o homem «certo para esta época da história», afirma bispo das Forças Armadas e de Segurança

D. Sérgio Dinis destacou «verdadeiro exemplo do que é a santidade, do que é a liderança», no atual pontificado

Foto: Lusa/EPA

Lisboa, 12 mar 2025 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança de Portugal destacou que o Papa Francisco ajudou a construir “uma Igreja de comunhão, uma Igreja de diálogo”, onde se “aceita a diferença”, nos seus 12 anos de pontificado.

“Estarmos unidos no essencial, numa comunhão de fé, de disciplina, de sacramentos, mas que é possível convivermos na mesma Igreja, pessoas distintas, com maneiras até de pensar e até de refletir e de viver, vivenciar a própria fé de maneira diferente, é possível encontrar-nos nas nossas comunidades, nas nossas Igrejas particulares”, disse D. Sérgio Dinis, em declarações à Agência ECCLESIA.

O cardeal Jorge Mario Bergolglio, arcebispo de Buenos Aires, foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, assumindo o inédito nome de Francisco.

Segundo o bispo das Forças Armadas e de Segurança de Portugal, este pontificado tem sido “uma bênção de Deus” para a Igreja e a humanidade.

“É o Papa certo para esta época da história que nós estamos a viver. Ele é para nós um verdadeiro exemplo do que é a santidade, do que é a liderança, do que é conduzir esta Igreja de Jesus Cristo nestes tempos que, esta barca, muitas vezes, teve ventos contrários”, desenvolveu.

D. Sérgio Dinis está a ler a primeira autobiografia de Francisco, intitulada ‘Esperança’, publicada em janeiro, e assinala que se vê, “claramente”, que o seu pontificado “é fundado em todas as experiências que foi vivendo, desde crianças, desde as suas raízes, na sua família”.

O Papa Francisco é um homem com uma experiência de vida extraordinária e procurou trazer toda a riqueza de uma vivência para a Igreja. Também viveu momentos difíceis, soube lidar com os momentos difíceis que o mundo, a Igreja, atravessa, e continuará a ser, se Deus quiser, uma bênção de Deus para a Igreja e para o mundo”.

Francisco esteve duas vezes em Portugal, a primeira no Centenário das Aparições de Fátima, nos dias 12 e 13 de maio de 2017, e, mais recentemente, na edição internacional da Jornada Mundial da Juventude, em agosto de 2023, a JMJ Lisboa, onde deixou uma “marca mais vincada” nos portugueses, para o entrevistado.

“Não só porque foi mais recente, mas porque foram as Jornadas Mundiais da Juventude, e estou certo de que em todos nós, quer os mais velhos, quer os mais novos, o Papa Francisco deixou bem vincada e está presente em todos, batizados e não batizados, mas em todos os homens de boa vontade, de que a Igreja é um lugar para todos, todos, todos”, salientou

O bispo do Ordinariato Castrense de Portugal destacou ainda quatro marcantes deste pontificado, e começou pela eleição, a 13 de março de 2013, primeiro porque “desconhecia quem era o Jorge Bergoglio”, em segundo o nome ‘Francisco’, o primeiro pontífice a fazer esta escolha inédita, e, em terceiro, “o despertar a humanidade para esta questão da sustentabilidade ecológica, do cuidar do planeta desta casa comum”.

“Um tema que estava, não diria esquecido, mas com uma perspetiva muito reduzida; colocou toda esta questão também na dimensão espiritual e na dimensão do transcendente. Isso para mim foi de facto marcante”, explicou, indicando ainda que “outro aspeto muito marcante foi, sem dúvida, a família”.

D. Sérgio Dinis acrescentou ainda a procura que “a Igreja faça um caminho sinodal, isso é, pôr em marcha, efetivamente, aquilo que o Concílio Vaticano II tinha proposto”.

LJ/CB/OC

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