Vaticano acolheu os participantes do 202.º Capítulo Geral dos Frades Menores Conventuais
Cidade do Vaticano, 17 jun 2019 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje no Vaticano uma delegação de Frades Menores Conventuais e destacou a “fraternidade”, a “menoridade” e a “paz” como valores franciscanos que devem de continuar a desafiar o mundo.
Os religiosos da Ordem fundada por São Francisco de Assis estão em Roma a participar no 202.ª Capitulo Geral da congregação, que ficou marcado pela aprovação dos novos Estatutos Gerais e pela nomeação do novo Ministro Geral, o irmão Carlos Trovarelli.
Na sua mensagem, o Papa incentivou os frades franciscanos a “cuidarem da sua fraternidade em espirito de santa oração e devoção” para que possam também contagiar o mundo.
“Desta forma, a vossa vida fraternal em comunidade transforma-se em profecia para a Igreja e para o mundo; uma escola de comunhão, a ser exercitada sempre”.
Francisco abordou também o carisma da menoridade que carateriza a congregação, para destacar “uma escolha dificil que vai contra a lógica corrente do mundo, que procura o sucesso a todo o custo, que deseja ocupar o primeiro lugar, que quer ser tratado como Senhor”.
“Que esta seja a vossa única ambição: o serviço, servir os outros. Vivendo desta maneira, a vossa existência será profecia para um mundo onde a busca do poder é a grande tentação”, apontou o Papa argentino.
Sobre o valor da paz, Francisco lembrou que “a paz não é a ausência de problemas, mas começa com a presença de Deus em cada pessoa e manifesta-se em cada gesto e palavra”.
“Que vocês possam ser mensageiros de paz, primeira com a vossa vida e depois com as vossas palavras. Que possam ser a todo o momento instrumentos de perdão e de misericórdia”, pediu o Papa aos Frades Menores, recordando que “não pode haver paz sem reconciliação, sem perdão, sem misericórdia.
“Só quem tem um coração reconciliado pode ser um ministro de misericórdia, um construtor da paz”, acrescentou.
Durante o Capítulo Geral, os frades franciscanos aprovaram os novos Estatutos Gerais da congregação, que segundo Francisco “tocam elementos essenciais à vida fraternal e missionária, como a formação, a interculturalidade, a partilha e a transparência na gestão dos recursos económicos”.
“Os Estatutos Gerais são um instrumento fundamental para salvaguardar a herança carismática de cada Instituto religioso e para assegurar a sua transmissão futura”, realçou o Papa, que exortou os frades para privilegiarem sempre o Evangelho como forma de atuação no meio das pessoas e do mundo.
“O Evangelho deve ser o vosso livro de bolso. Ouçam-no sempre cuidadosamente; rezem com ele; e seguindo o exemplo de Maria, a Virgem feita Igreja, meditem na Palavra de Deus com frequência, para que, assimilando o Evangelho, possam conformar a vossa vida à vida de Cristo”, complementou.
JCP