Congregação deve ser «mais-valia» nestes tempos desafiantes, diz frei Armindo de Carvalho
Braga, 01 abr 2016 (Ecclesia) – O novo ministro provincial dos Franciscanos em Portugal está apostado em “reacender o carisma franciscano”, num tempo que considera muito desafiante para a Igreja Católica e para a Vida Consagrada.
Em entrevista concedida hoje à Agência ECCLESIA, o frei Armindo Carvalho diz ter recebido a nova missão com “muita paz e alegria”, apesar de ser mais “um homem de ação” do que “para mandar”.
Sublinha ainda o caráter “evangélico” da Ordem Franciscana, que "não pode cair na banalidade” mas tem quer ser permanentemente “reacendido e reorganizado”.
Depois da sua eleição, no Capítulo Geral da Província Portuguesa, que está a decorrer no Convento Franciscano de Montariol, em Braga, o frei Armindo Carvalho foi já “bastante solicitado pelos mais novos” da congregação, “para ser um elo de ligação entre todos”.
“E ao mesmo tempo ser um estímulo à alegria e à fidelidade que, com o tempo, não é que se vá perdendo mas pode ir diminuindo um pouco”, realça o religioso de 76 anos.
O frei Armindo de Jesus Ferreira Carvalho, natural de Marrazes, em Leiria, tem um percurso de mais de 50 anos dentro da Família Franciscana, marcado pela missão em Moçambique e pela coordenação de uma fraternidade da congregação em Maputo.
Hoje a Província Portuguesa da Ordem Franciscana está em processo de renovação e crescimento, com a perspetiva de uma nova implantação em Timor-Leste.
“Já temos vários jovens formados para lá”, frisa o ministro provincial, reforçando que através desta abrangência que os franciscanos têm, “no mundo inteiro”, têm de se assumir sempre como “mais-valia”.
O frei Armindo Carvalho substitui à frente da Família Franciscana em Portugal o padre Vítor Melícias, que estava no cargo desde 2007.
Dentro de três meses vai ter lugar o Congresso Capitular, em que vão ser definidas as orientações da Província para os próximos anos.
JCP