França: Presidente Hollande telefonou ao Papa após assassinato de sacerdote

Chefe de Estado manifestou «tristeza» do povo francês e deixou promessa de proteção para as igrejas

Lisboa, 27 jul 2016 (Ecclesia) – O presidente francês, François Hollande, telefonou esta terça-feira ao Papa Francisco para condenar o “odioso assassinato” do padre Jacques Hamel durante a Missa e manifesta a “tristeza” da população.

A conversa foi dada a conhecer pela página oficial da Presidência da República Francesa, horas depois da tomada de reféns na igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, próximo de Rouen, norte do país, que acabou na morte do sacerdote de 86 anos e dos dois terroristas que executaram o ataque, ligados ao Daesh.

François Hollande disse ao Papa que foi “toda a França” a ser atingida neste ataque a um sacerdote e que “tudo será feito” para proteger as igrejas e os locais de culto.

O chefe de Estado gaulês recordou ainda o papel da França “na defesa dos cristãos do Oriente” e deixou votos de que “nestas circunstâncias tão dolorosas e duras, o espírito de concórdia prevaleça sobre o ódio”.

Hollande encontrou-se ainda com o presidente da Conferência Episcopal Francesa para lhe manifestar o seu apoio “nestes momentos de dor”.

O presidente francês vai receber hoje em audiência o arcebispo de Rouen e vai reunir-se com a Conferência dos Representantes dos Cultos.

O padre Jacques Hamel presidia à Missa, com a participação de quatro pessoas, quando dois homens entraram no local e o degolaram.

O pároco de Saint-Etienne, Auguste Moanda-Phuati, interrompeu as suas férias para acompanhar a comunidade e recordou o falecido sacerdote como um “padre corajoso” que recusava a “reforma”, em declarações ao jornal francês Le Figaro.

Após o assassinato, várias páginas têm reproduzido umas das últimas mensagens do padre Hamel, uma nota publicada em junho na folha paroquial, dedicada às férias: “Que possamos, nestes momentos, ouvir o convite de Deus a tomar conta deste mundo, a fazer dele, onde quer que vivamos, um mundo mais caloroso, mais humano, mais fraterno”.

“Oremos por aqueles que têm mais necessidade, pela paz, para um melhor viver em conjunto”, acrescentava.

OC

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Agência ECCLESIA

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