França: Presidente da Cáritas Portuguesa manifesta «choque e repugnância» após atentado

Eugénio Fonseca solidário com vítimas de ataque em Nice

Lisboa, 15 jul 2016 (Ecclesia) – O presidente da Cáritas Portuguesa manifestou hoje “choque e repugnância” pelo atentado na cidade francesa de Nice (sudeste do país), que fez pelo menos 84 mortos na quinta-feira à noite.

“A Cáritas Portuguesa manifesta o seu choque e repugnância por este atentado e deseja expressar à França e a todos os franceses a sua mais profunda solidariedade por este crime, recordando que não foi um ato isolado”, refere Eugénio Fonseca, em nota enviada à Agência ECCLESIA.

O presidente da organização católica de solidariedade sublinha que este é “mais um entre os muitos atentados terroristas” que têm atingido vários países nos últimos tempos.

Eugénio Fonseca cita, por isso, as palavras dirigidas pelo Papa Francisco à confederação internacional da Cáritas, no âmbito da campanha ‘Síria: a paz é possível’.

“Nessa Mensagem, o Papa Francisco deixa-nos um alerta que agora, quando ainda ressoam as sirenes dos bombeiros e da polícia nas ruas de Nice, ganha um significado redobrado: ‘Todos devem reconhecer que não existe uma solução militar para a Síria, mas somente uma solução política’”.

O responsável defende a busca dessa “solução política” que ponha fim à guerra na Síria, no Iraque, na Líbia e em “tantos outros países”.

“A Cáritas Portuguesa lança pois um apelo a todos os políticos, sobretudo aos que atuam em fóruns internacionais, nomeadamente ao nível das Nações Unidas, para que respondam ativamente ao desafio que está inscrito nas palavras do Papa Francisco”, acrescenta Eugénio Fonseca.

A organização católica sustenta que o atentado que “encheu de sangue” as ruas de Nice vem demonstrar como “o valor e a dignidade da vida humana estão secundarizados” atualmente.

“Inclinados em respeito pelas vítimas deste atentado e solidários com a dor dos seus familiares e amigos”, a Cáritas Portuguesa renova o empenho na construção de uma sociedade com mais justiça social e que “não rejeita a responsabilização de quem tem este tipo de comportamentos”.

Nestas “horas de luto”, a Cáritas Portuguesa lembra ainda os milhares de refugiados que se encontram a viver em “condições terríveis”, sem expectativas de futuro, depois de “terem fugido da guerra, da opressão e da violência destes terroristas”.

A mensagem assinada por Eugénio Fonseca dirige-se a “todos os verdadeiros crentes” para que assumam também “um maior compromisso na vida pública”, em defesa de uma sociedade mais justa e fraterna.

O atentado em Nice fez pelo menos 84 mortos e mais de 100 feridos, dos quais 18 em estado considerado crítico, segundo o mais recente balanço do Governo francês.

Um homem lançou um camião sobre a multidão reunida na avenida marginal da cidade de Nice para assistir a um espetáculo de fogo-de-artifício, durante as celebrações do Dia Nacional de França (Tomada da Bastilha).

OC

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Agência ECCLESIA

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