Manifestantes contestam legislação que pune quem se manifestar publicamente contra o aborto
Cidade do Vaticano, 22 jan 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco associou-se à Marcha pela Vida 2017, que decorre hoje em França, encorajando os que se manifestam “legitimamente” para manifestar as suas posições neste campo.
“Para lá da legítima manifestação pela defesa da vida humana, o Papa encoraja os participantes na Marcha pela Vida a trabalhar incansavelmente para a construção de uma civilização do amor e de uma cultura da vida”, refere a mensagem, enviada através do núncio apostólico em Paris, D. Luigi Ventura, aos organizadores da iniciativa.
Francisco sustenta que a Igreja Católica nunca pode deixar de ser “advogada da vida” e de proclamar que “a vida humana deve ser protegida sem condições, desde o momento da conceção até à morte natural”.
O Parlamento francês vai analisar na próxima semana uma lei que prevê punições para movimentos pró-vida que ofereçam às mulheres alternativas ao aborto, prevendo penas que podem chegar a dois anos de prisão e 30 mil euros de multa.
Dezenas de milhares de pessoas reúnem-se hoje na Marcha pela Vida para manifestar a sua oposição a este projeto legislativo, que consideram “liberticida” e pedir aos responsáveis políticos que promovam uma política de saúde que ajude a baixar o número “incrivelmente alto” de abortos em França.
“Dezenas de milhares de cidadãos saem à rua para exigir uma grande política de acompanhamento das mulheres grávidas e de acolhimento da vida”, adiantam os promotores da iniciativa.
OC