Três Bispos e quatro religiosos da Igreja Católica estão na “lista negra” da máfia amazónica dos latifundiários. A denúncia foi feita no Fórum Social Mundial, que decorre na localidade brasileira de Belém do Pará. D. Luis Azcona Hermoso, Bispo de Marajó, uma diocese amazónica, foi o porta-voz desta denúncia, lembrando o seu compromisso particular em questões como a exploração das populações indígenas por parte dos “fazendeiros”, o tráfico de pessoas e a exploração sexual das crianças. 20 anos após a morte de Chico Mendes, são os seringueiros que se batem pelos direitos humanos que arriscam a sua vida na floresta, enquanto os assassinos, por norma, conseguem fugir impunes. D. Erwin Kräutler, Bispo da Prelazia do Xingu, é outro dos Bispos conhecidos pelo seu compromisso nesta área e ameaçado de morte por diversas vezes, tendo direito a escolta policial. Em entrevista ao portal de notícias da “Canção Nova”, D. Erwin falou sobre a importância da participação da Igreja em eventos o Fórum Social Mundial e destacou as pessoas que vêem os seus direitos humanos violados. O Bispo austríaco que conhece a Amazónia como muito poucos diz que “o meio ambiente é o chão onde os povos vivem, nós não podemos entender o ser humano no mundo da lua ou num lugar asséptico, numa sala de cirurgia, ele está neste mundo. Por isso, temos de lutar para que este mundo seja viável, quer dizer, para que o povo possa sobreviver”. Este responsável deixou um apelo para salvar a Amazónia “contra a ameaça da destruição”.