Diocese de Viseu acolhe primeira etapa de iniciativa nacional até dia 31 de maio
Lisboa, 28 mai 2015 (Ecclesia) – O responsável pela Unidade Pastoral de Fornos de Algodres, na Diocese de Viseu, destacou o momento de “crescimento e comunhão” impulsionado pela receção à imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima e explica o desafio para as comunidades.
“Tendo em conta que é só um dia percebemos como Nossa Senhora tem esta forma de nos congregar, colocar em mais comunhão, unidos, e ao mesmo tempo em fazermos caminho juntos”, explica o padre Nuno Almeida.
À Agência ECCLESIA, o sacerdote revelou que o modo como acolheram e se encontraram com a imagem peregrina “foi um momento de crescimento para as várias comunidades, as várias paróquias”.
“Significa ao mesmo tempo confiança e superarmos a ilusão da autossalvação que vai entrando na mentalidade das pessoas de nos sentirmos necessitados da graça de Deus”, analisou sobre o desafio que ficou da vivência deste dia.
O padre Nuno Almeida recorda que a Imagem chegou à igreja paroquial de Fornos de Algodres com meia hora de atraso, esta segunda-feira, porque passou por diversas freguesias, “algumas muito pequeninas quase sem pessoas”, permitindo o “encontro de Nossa Senhora” com as “muitas manifestações de carinho”, através de gestos e cânticos.
Depois de um momento festivo de acolhimento com a celebração da Palavra onde procuraram “avivar e ligar o dia à Mensagem de Fátima”, com a leitura de um texto das memórias da irmã Lúcia que descreve a aparição de 13 de maio de 1917, cada paróquia da unidade pastoral animou uma hora de oração.
Depois destacaram-se os momentos dedicados aos utentes dos lares de idosos, a celebração das crianças e jovens e à noite a celebração da Eucaristia no anfiteatro do Santuário de Nossa Senhora da Graça com a procissão de velas, até à igreja paroquial, onde a Imagem foi entregue ao Arciprestado de Aguiar da Beira.
“Nestas ocasiões participam muitas pessoas, basta ver o brilho do olhar e perceber que Nossa Senhora toca o coração como mãe, independentemente das circunstâncias e idade”, observou o padre Nuno Almeida sobre o facto de terem participado desde os fiéis ligadas às paróquias às pessoas que estão mais distantes mas que se uniram a este momento.
A Diocese de Viseu foi a primeira a receber a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, depois da peregrinação internacional de 12 e 13 de maio, que este domingo vai para a Diocese de Braga.
O secretário e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) comentou a nota pastoral dos bispos sobre a visita pastoral da imagem peregrina às dioceses e destacou o pedido a que “em tudo exista sobriedade”.
“Que não haja gastos excessivos, seja o essencial da própria imagem, o que ela significa. É sobretudo o coração que deve acolher e chegar ao coração dos outros”, completou o padre Manuel Barbosa.
Segundo o secretário da CEP a vivência mariana é uma “marca da identidade portuguesa”, da sua vida cristã com o “cunho de Fátima” cuja mensagem traz um “convite à oração, à paz, à incidência no Evangelho, à prática dos sacramentos e à evangelização”.
Esta iniciativa é também uma oportunidade de renovação do rosto das comunidades crentes e a ser Igreja em saída, como pede o Papa Francisco.
“Nossa Senhora ajudará a abrir os nossos corações e a ir a estas situações de periferias existenciais que às vezes estão na nossa casa, nas nossas comunidades”, observou o padre Manuel Barbosa.
A visita da Imagem Peregrina às 20 dioceses portuguesas, até 13 de maio de 2016, insere-se no contexto do centenário das aparições em Fátima, em 2017.
LS/CB