No espírito da Declaração Universal dos Direitos Humanos e, mais concretamente, no da Declaração para a Eliminação de Todas as Formas de Intolerância e Discriminação, o calendário editado pelas «Paulinas» surge como expressão de políticas públicas que respeitam o direito inviolável à liberdade de crença e de culto. «Celebração do tempo» é o título deste calendário que tem o apoio do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural. O Pe. Peter Stilwell, Director da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, sublinha na apresentação que é “um instrumento precioso para promover o conhecimento mútuo entre s tradições religiosas”. Este ano, este utensílio acrescenta elementos respeitantes a mais uma tradição: a Fé Bahá`í. Para além, das datas mais importantes de cada confissão religiosa foram introduzidos dados relevantes no campo da cidadania, efemérides institucionais da ONU/Unesco e da União Europeia. Os símbolos, princípios doutrinários, fundador e textos sagrados do Hinduísmo, Budismo, Islão, Judaísmo, Cristianismo e Fé Bahá`í são elementos que enriquecem o «Celebração do Tempo» que mostra também a explicação dos calendários das religiões e sua correspondência com o Calendário Gregoriano. Enquanto no calendário Gregoriano – surgiu com a reforma introduzida pelo Papa Gregório XIII, em 24 de Fevereiro, através da Bula «Inter Gravíssimas» – estamos a viver o primeiro mês do ano, no calendário judaico (5769-5770) vive-se o 4º mês (TEVET e tem 29 dias) e vai de 28 de Dezembro a 25 de Janeiro de 2009. Os Islâmicos estão também no primeiro mês do ano. Só que para os seguidores do Profeta Muhammad, o Muharram (1º mês) termina a 27 de Janeiro deste ano. Actualmente, os budistas estão no ano 2135 e está a decorrer o 11º mês que termina a 26 de Janeiro. A 25 de Fevereiro começa o ano 2136 para os seguidores de Siddhartha Gautama. O «Calendário do Tempo» é um instrumento que ajuda a descobrir as várias confissões religiosas e as datas mais marcantes.