Basílica da Santíssima Trindade acolheu Missa de encerramento da XLII Peregrinação das Forças Armadas e das Forças de Segurança à Cova da Iria

Fátima, 06 jun 2025 (Ecclesia) – O bispo do Ordinariato Castrense lembrou os militares e polícias, esta manhã, no Santuário de Fátima, que estão acompanhados na missão que desenvolvem, um trabalho que só encontra sentido se for desempenhado com amor.
“Jesus está vivo, caminha connosco. Quando Deus está vivo no coração de um soldado, de um guarda, de um polícia, de um oficial, de um comandante, a sua autoridade transforma-se em serviço, a sua coragem em testemunho, a sua missão em vocação”, afirmou D. Sérgio Dinis, na Missa de encerramento da peregrinação militar a Fátima, na Basílica da Santíssima Trindade.
Militares e agentes de segurança rumaram até à Cova da Iria para a XLII Peregrinação das Forças Armadas e das Forças de Segurança, integrada no Ano Santo 2025, centrado na esperança.
“Viemos de diferentes partes do país, pertencemos a diferentes ramos e forças, mas aqui somos um só povo: Peregrinos de Esperança. E viemos a esta casa bendita de Maria para rezar, para agradecer, para escutar”, afirmou D. Sérgio Dinis, na homilia em que fez referência às figuras de São Paulo e São Pedro, que “estão no caminho da entrega total”.
O bispo das Forças Armadas e de Segurança apresentou o exemplo de Pedro, que negou três vezes o Senhor e que foi interrogado por Ele se o ama, para dizer que também a missão dos militares e polícias “só se compreende plenamente se for atravessada por esta lógica do amor”.
“Não um amor sentimental ou idealista, mas um amor feito de entrega, de serviço, de fidelidade às pessoas concretas que tendes diante de vós. O vosso trabalho só encontra sentido profundo se estiver sustentado por um coração disponível para servir por amor – à Pátria, à justiça, à paz, ao bem comum”, defendeu.
Segundo D. Sérgio Dinis, quando militares e polícias protegem “os indefesos”, quando defendem “a paz, mesmo com sacrifício pessoal e nem sempre de forma perfeita”, estão a responder como Pedro: “Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo.”
No final da homilia da Eucaristia, presidida pelo Núncio Apostólico, D. Sérgio Dinis convidou presentes a confiarem-se a Nossa Senhora de Fátima “que apareceu a três crianças para falar ao mundo inteiro, conhece o coração de cada um de nós”.
“A Ela entregamos tudo: o que somos, o que vivemos, o que esperamos. Que nos ensine a amar como Pedro aprendeu, a caminhar como Paulo acreditou, a servir com ternura e coragem. Senhora do “Sim” fiel, acompanha os nossos passos e cobre-nos com o teu manto de paz”, concluiu.
A XLII Peregrinação das Forças Armadas e das Forças de Segurança a Fátima iniciou-se esta quinta-feira com uma Via Sacra, presidida por D. Sérgio Dinis, nos Valinhos, onde os participantes reviveram o caminho de sacrifício de Jesus Cristo, meditando nas suas estações, informa a Diocese do Ordinariato Castrense.
À noite, pelas 21h30, realizou-se o Santo Rosário na Capelinha das Aparições, num ambiente de recolhimento e oração comunitária.
“Esta iniciativa reforça a esperança e a espiritualidade no seio das Forças Armadas e das Forças de Segurança, alinhando-se com o espírito do Jubileu 2025. A peregrinação é uma oportunidade para os militares e agentes de segurança renovarem o seu compromisso de serviço, inspirados nos valores cristãos e no exemplo de Nossa Senhora de Fátima”, afirma a Diocese do Ordinariato Castrense.
LJ/OC