XVII Peregrinação levou a Fátima militares, polícias e suas famílias




Fátima, 21 mar 2025 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança alertou hoje para a tentativa de “anestesiar o sofrimento” e indicou essa fuga como uma “ilusão”.
“Vivemos um tempo em que se procura anestesiar o sofrimento a qualquer custo. Mas isso não é possível — é uma ilusão. Não procuramos o sofrimento, mas, quando ele bater à nossa porta, há que assumi-lo. Ele não é um fim em si mesmo, mas pode ser — e é — um caminho de salvação”, indicou D. Sérgio Dinis durante a homilia, enviada à Agência ECCLESIA, na Eucaristia final da XVII Peregrinação Militar a pé a Fátima.
Desde o dia 18 de março que militares, polícias e suas famílias peregrinam a Fátima numa organização da Força Aérea Portuguesa, acompanhados pelo bispo das Forças Armadas e de Segurança.
D. Sérgio Dinis reconheceu que o “sacrifício e o sofrimento” podem ser “transformados” quando “unidos a Cristo”.
“O sacrifício, o sofrimento que podemos oferecer a Deus, pode ser transformado, através da esperança ativa e de gestos concretos de misericórdia e justiça, em salvação. Quando unes as tuas dores, sofrimentos, fragilidades e angústias a Cristo, tudo isso se torna redentor. O sofrimento não é um castigo nem um absurdo, mas pode ser vivido como um caminho de salvação, quando unido ao sacrifício de Cristo”, valorizou.
Na Capelinha das Aparições, na celebração que encerrava os quatro dias de caminho, o responsável propôs momentos de silêncio para que cada peregrino se confrontasse com “a sua vida”, marcada por “provações, desafios, injustiças e sofrimentos”.
“No caminho, em cada passo, em cada subida e descida, em cada dor, até mesmo no sangramento… sente-se que a vida, todo o nosso peregrinar tem a marca da dor, do desafio, das dificuldades, dos obstáculos”, reconheceu.
Em Fátima, o bispo do Ordinariato Castrense indicou o exemplo dos pastorinhos e de São José que “sofrerem” mas “nunca duvidaram da providência divina”.
“Como José, eles, os pastorinhos de Fátima, entenderam que o sofrimento podia ser redentor. Nossa Senhora alertou o mundo para as consequências do pecado, mas, ao mesmo tempo, trouxe uma mensagem de esperança: a oração, a conversão e oferecimento de nós mesmos e dos nossos sofrimentos, podem transformar a história”, assinalou.
LS
Ordinariato Castrense: Força Aérea Portuguesa organiza Peregrinação Militar a Fátima a Pé