D. Sérgio Dinis lembrou valores de honra, lealdade e serviço que a Marinha portuguesa vive e a construção da paz, da vida e do bem-comum que perseguem

Lisboa, 02 dez 2025 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança convidou a viver o tempo do Advento através de três gestos concretos que ajudem cada pessoa a “despertar por dentro”, a “cuidar de alguém” e a “reorientar a vida”.
“Despertar por dentro. Encontrar, cada dia, um momento de silêncio. Cinco minutos bastam. Deixar que Deus visite o coração”, convidou D. Sérgio Dinis durante uma celebração que assinalou os 70 anos da consagração da capela de Nossa Senhora do Mar, na Base Naval do Alfeite, em Lisboa.
Cuidar de alguém foi o segundo gesto indicado pelo responsável: “Um gesto concreto: telefonar, reconciliar-se, ajudar quem está só. O Advento é sempre caminho de proximidade”, assinalou numa homilia enviada à Agência ECCLESIA.
O terceiro caminho indicado pelo bispo do Ordinariato Castrense visa “reorientar a vida”.
“Escolher uma pequena mudança: menos pressa, menos dureza, mais verdade. Deixar que Cristo seja a nossa luz”, convidou.

Na celebração onde estiveram presentes o Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional, Almirante Jorge Nobre de Sousa, e os Diretores Cultural da Marinha e da Autoridade Marítima, D. Sérgio Dinis assegurou que “o sonho de Deus” precisa de homens e mulheres disponíveis.
“Sabemos que este sonho de Deus exige homens e mulheres vigilantes, capazes de construir paz, justiça, dignidade. A Marinha portuguesa, com os seus valores de honra, lealdade e serviço, é guardiã destes bens que também o Evangelho defende: a paz como missão, a vida como prioridade, o bem comum como destino”, indicou.
A celebração que recordava a dedicação da capela, na Base do Alfeite, assegura que “Deus não abandona o seu povo”.
“Aqui, Ele acompanha marinheiros que partem e regressam; famílias que amam e sofrem; jovens que sonham; servidores da Pátria que arriscam a vida pelo bem de todos”, reconheceu.
O dia ficou marcado ainda pelo encontro de famílias militares que se reuniram para refletir sobre a carta encíclica ‘Dilexit Te’ do Papa Leão XIV, num momento conduzido pelo padre Ricardo Barbosa, capelão da Academia Militar.

Um comunicado enviado à Agência ECCLESIA destaca a reflexão em torno do “amor concreto aos pobres, a fragilidade como lugar de encontro com Deus e o papel da família como primeiro espaço de cuidado e ternura”.
O amor cristão começa na atenção às fragilidades dentro da própria família. A pobreza não é apenas material: inclui cansaço, solidão, desgaste emocional e falta de apoio. A vida familiar nas Forças Armadas e de Segurança exige coragem, resiliência e cuidado mútuo. A fé ilumina o serviço, fortalece a vida conjugal e sustenta quem enfrenta risco e missão. A exortação ‘Dilexi te’ convida a amar de forma concreta, paciente e diária”, indica.
O comunicado sublinha ainda a importância de “cuidar das famílias dos militares e polícias, reconhecendo o impacto das ausências, missões e exigências profissionais, e valorizando a família como porto seguro”.
LS
