Forças Armadas: D. Manuel Linda pede «dignidade» ao Estado

Apelo foi feito durante a Peregrinação do Ordinariato Castrense a Fátima

Fátima, Santarém 21 jun 2014 (Ecclesia) – D. Manuel Linda pediu ao Estado que assegure “a dignidade espetável e desejável” que as forças armadas e de segurança necessitam para realizar a “paz e a liberdade”.

“Passada a fase mais difícil da necessária reestruturação financeira do Estado, que a Tutela consiga obter meios que assegurem a dignidade espectável e desejável. Refiro-me aos aspetos económicos, mas também aos âmbitos da saúde, do reagrupamento familiar, das condições de trabalho, das justas promoções e outros”, afirmou o bispo das Forças Armadas e de Segurança durante a Peregrinação ao santuário de Fátima do Ordinariato Castrense, que aconteceu na passada quinta e sexta-feira.

Na presença das chefias militares, do ministro da tutela Pedro Aguiar Branco, D. Manuel Linda pediu aos militares e agentes de segurança para sentirem “orgulho” na missa que desempenham de combater a injustiça e realizar “a paz e a liberdade, os maiores bens sociais”.

O bispo das Forças Armadas e de Segurança enalteceu o trabalho de homens e mulheres que “usam armas para que outras armas não imponham a sua lei do medo, da violência” e para que “os cidadãos possam organizar a sua vida à base desse valor mais sobrenatural que é o da liberdade, para que os direitos humanos sejam promovidos e a ninguém sejam retirados” em missões “interna e externamente”.

A peregrinação ao Santuário de Fátima é ocasião para um “reconhecimento de condição de cristãos”, para que em conjunto os agentes das forças armadas e de segurança se “animem mutuamente”.

“Peregrinar não é só ir ao encontro do divino mas também ir ao encontro do nosso próprio interior, na certeza de que, habitualmente, fugimos dele. E «descentramo-nos» nos trabalhos, nos afazeres e inquietações”.

D. Manuel Linda apelou ainda à continuação da peregrinação no “regresso à vida”.

“Há o movimento de regresso à vida com a convicção de que esta pode ser iluminada com uma luz diferente, entusiasmada por um sentido mais fraternal, animada de uma espiritualidade que nos eleva e com o olhar fixo num grande horizonte de significação”, afirmou, sem a qual “a peregrinação não acontece na sua totalidade”.

LS

 

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Agência ECCLESIA

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