«Dão-lhes razões de esperança, restituem-lhes o sentido de cidadania e patriotismo» – D. Rui Valério
Velas, São Jorge, Açores, 03 set 202 (Ecclesia) – O bispo do Ordinariato Castrense de Portugal disse hoje que as Forças Armadas combatem o “inimigo do desespero”, “estão a instaurar a esperança, e a restituir força e vida”, nas “diferentes crises” que afetam as pessoas e o país.
“Quando socorrem populações, quando se envolvem no combate à pandemia, quando se fazem presentes nos abalos das comunidades, quando estão empenhadas na prevenção e vigilância aos incêndios florestais, quando abraçam a causa da vida e dos problemas dos portugueses”, explicou D. Rui Valério, na igreja paroquial de Velas, na ilha de São Jorge, Diocese de Angra.
O bispo do Ordinariato Castrense de Portugal, na homilia da Missa do Dia do Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), explicou que hoje os “adversários de Portugal e dos portugueses” são as diferentes crises: “Desde a sanitária-pandémica, à social e económica, pelo abrupto aumento do preço dos bens essenciais, passando pela civilizacional causada guerra”.
“Há, contudo, um grande inimigo do nosso povo: É o desespero; é a desilusão, é o medo”, alertou D. Rui Valério.
O responsável católico sublinhou que as Forças Armadas de Portugal são uma “fonte de esperança para os portugueses”, restituem-lhes o sentido de cidadania e patriotismo, a Marinha, o Exército e a Força Aérea “estão na primeira linha a combater as mais devastadoras adversidades”, e porque “implementam a paz e garantem a segurança de povos e nações”, em terrenos internacionais.
Na celebração, realizada pelo ‘Dia do Estado-Maior General das Forças Armadas’, D. Rui Valério pôs em relevo “três instâncias de referência”: São Jorge, padroeiro do EMGFA, que recorda “qual a real ameaça para o ser humano, mas também nos desafia a combatê-la”; São Nuno de Santa Maria, o seu patrono, que é “referência incontestável de todo o soldado português” e a sua atualidade é “desconcertante e manifesta-se com admirável esplendor nestes conturbados tempos”; e o horizonte de referência, pelas palavras de São Paulo, na pergunta, ‘Que possuis que não tenhas recebido?’, e “remete para a contemplação da Pátria amada”.
A homilia do bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança começou com a reflexão ao Evangelho de São Lucas, lido na celebração: “Passava Jesus através das searas num dia de sábado e os discípulos apanhavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos”.
Segundo D. Rui Valério, entre as “searas que florescem” em Portugal estão as Forças Armadas que produzem valores e os princípios: “As ações e o caráter que nutrem e iluminam a vida de quem a constrói e defende, proporcionando aos cidadãos liberdade e justiça, fraternidade e segurança e garantindo a força da autodeterminação do país”.
A Missa Solene, no 48º aniversário da criação do EMGFA, na igreja paroquial dedicada a São Jorge, foi concelebrada pelo administrador apostólico da Diocese de Angra, cónego Hélder Fonseca Mendes, pelo ouvidor (arcipreste) de Velas e pelos capelães militares.
Desde esta sexta-feira, 2 de setembro, o ‘Dia do Estado-Maior General das Forças Armadas’, está a ser comemorado com cerca de trezentos militares, na Ilha de São Jorge; Na homenagem aos Mortos em Combate, o capelão Leonel Castro, da Força Aérea, proferiu a Oração pelos Mortos.
CB