Focolares: Presidente em visita a Portugal

Emmaus Maria Voce vai contactar pela primeira vez com a comunidade portuguesa ligada ao Movimento católico, no âmbito dos 15 anos da Cidadela Arco-Íris

Lisboa, 16 ago 2012 (Ecclesia) – A comunidade portuguesa do Movimento dos Focolares (MF), ligado à Igreja Católica, recebeu esta quarta-feira a sua presidente, Emmaus Maria Voce, que visita o país pela primeira vez.

A responsável foi acolhida no Aeroporto de Lisboa por uma centena de membros do MF, revelou hoje a instituição, na sua página na internet.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o organismo internacional explica que a visita se prolonga até ao próximo dia 22, no seguimento da comemoração do 15.º aniversário da fundação do seu centro de atividades em Portugal, a “Cidadela Arco-Íris”, situada no Concelho de Alenquer.

O programa da passagem de Maria Voce pelo território nacional contará ainda com um “encontro com empresários ligados à Economia de Comunhão” – conceito lançado pela fundadora do MF, Chiara Lubich – no Polo Giosi, e uma reunião geral com os membros do Movimento, este domingo, no Centro Paulo VI, em Fátima.

Nascida em Ajello Calabro, na região italiana de Cosenza, a 16 de julho de 1937, Maria Voce entrou para a liderança dos Focolares em 2008, sucedendo a Chiara Lubich, que faleceu em março daquele ano.

O seu primeiro contacto com o Movimento católico aconteceu em 1959, quando frequentava o último ano de Direito na Universidade de Roma.

Depois de encontrar um grupo de colegas que eram focolarinos, Maria Voce ficou fascinada com o seu testemunho evangélico e depois de concluir o curso e se tornar a primeira mulher advogada no tribunal de Cosenza, decidiu completar os estudos em Teologia e Direito canónico.

Em 1963, a sua busca espiritual interior levou-a a deixar uma carreira prometedora na advocacia e a enveredar pelo mesmo caminho de Chiara Lubich, começando a frequentar a escola de formação dos Focolares em Grottaferrata (Roma).

Quando entrou para o Movimento, recebeu o nome de Emmaus, que se refere ao episódio dos dois discípulos de Emaús que caminharam com Jesus depois da ressurreição.

O nome recorda a centralidade do carisma dos Focolares: Jesus está sempre presente no meio daqueles – poucos ou muitos – que se reúnem em seu nome.

Fundado em 1943, na cidade italiana de Trento, o Movimento dos Focolares assumiu-se inicialmente como uma força de renovação espiritual e social no contexto da II Guerra Mundial.

Nos anos seguintes, o seu carisma estendeu-se um pouco por todo o mundo, com a aprovação da Santa Sé e o reconhecimento das diversas religiões e organismos internacionais.

Em Portugal, o organismo católico chega atualmente a milhares de pessoas, crianças, adolescentes, jovens e adultos, que têm na Cidadela Arco-Íris um espaço privilegiado de encontro inter-religioso e intercultural.

Situada na localidade da Abrigada, a cerca de 45 km de Lisboa, a estrutura criada em 1997 “apresenta-se como um esboço de um mundo novo, alicerçado nos valores fundamentais do homem”.

Neste momento a Cidadela é habitada por cerca de 40 pessoas, entre as quais diversas famílias, que procuram mostrar através da sua ação no dia a dia, no trabalho, no contacto com a comunidade e em casa, que “é possível uma convivência pacífica e fraterna entre pessoas das mais variadas idades e condições sociais”, refere o site do MF.

JCP/OC

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Agência ECCLESIA

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