Em sintonia com a Igreja universal, o Movimento Focolares está empenhado no Ano Paulino e na reflexão em torno da Palavra de Deus. Tendo como pano de fundo o tema do próximo Sínodo dos Bispos, em Outubro, foi organizada uma Jornada Nacional para Consagrados sobre «A Palavra que cria Comunidade». Os Focolares, sendo um movimento essencialmente leigo, desde a sua fundação despertou ligação a outros carismas, entre sacerdotes, religiosos e bispos. Desde 1966, ano em que o Movimento Focolares se estabeleceu em Portugal, que os sacerdotes se mostraram ligados a este movimento, numa forma “nova de vida evangélica que fazia lembrar os primeiros cristãos”, afirma à Agência ECCLESIA Cori Cappozzo, focolarina italiana que pertencente também à secretaria nacional do grupo de religiosos e religiosas. Várias foram as congregações que estiveram presentes na Jornada nacional para os Consagrados, desde jesuítas a conventuais, todos “ligados em torno do centro que é a Palavra” e num esforço de “formação permanente dos consagrados”. A Jornada pretendia estar em “sintonia com toda a Igreja”, dada a convocação do Sínodo dos Bispos para Outubro, precisamente em torno da «Palavra de Deus». Cori Cappozzo explica que “pretendemos ir às origens, a partir da fundadora, Chiara Lubich, e perceber que o que ela deixou foi precisamente o Evangelho”, com a chave de leitura dos Focolares e da “unidade”. Uma reflexão entre consagrados sobre a “característica vivificante e congregadora da Palavra”. Cori Cappozo explica que o anúncio tem sido tónica presente no pontificado de Bento XVI. A convocação do Ano Paulino, a primeira Encíclica Deus Caritas Est, a reflexão da Palavra de Deus marcada para o Sínodo dos Bispos “são formas de convidar especificamente cada um a escutar a palavra que lhe é dirigida”. Mas o esforço para que a Palavra de facto esteja presente na vida “tem de ser de cada um”. Cori explica que no Movimento Focolares “em todos os encontros com famílias, crianças e jovens, têm como centro a Palavra”. E o testemunho, frisa, “é a forma de irradiar para os leigos”. Como resposta ao apelo mundial para a reflexão sobre a vida do apóstolo Paulo, também o Movimento Focolares irá estruturar actividades em torno do Ano Paulino. “Está em primeiro plano”, finaliza Cori Cappozzo.