Imagens em gesso vão ser oferecidas
Alenquer, 06 dez 2020 (Ecclesia) – As crianças do Movimento do Focolares, na Cidadela Arco-Íris na Abrigada (Alenquer) estão a preparar o Natal com a criação de pequenas imagens do Menino Jesus, que vão ser oferecidas.
“É para as pessoas não se esquecerem que o Natal é quando Jesus nasce. Para as pessoas não acharem que é só para entregar prendas e assim”, disse Manuel Maia Matos, à Agência ECCLESIA.
O irmão mais velho, António Maia Matos, explicou que as pequenas imagens do Menino Jesus, construídas em gesso, “vão ser para as pessoas que não têm um menino Jesus na casa delas”, que “é o filho de Deus”.
“Para nós como família é fundamental quando começa exteriormente na rua a aparecer os enfeites que comecemos em casa a preparar o Natal e a explicar para os nossos filhos o que é que é o Natal e o que é que queremos que seja o Natal, a família, o amor, a amizade”, disse Ana Maia Matos, mãe das crianças.
Mário Maia Matos, o pai de António e Manuel, referiu que, para se transmitir o espírito do Natal às crianças, “acima de tudo é importante não ser disruptivo”, isto é, que eles percebam que “o sentido do Natal é o nascimento de Jesus”.
“A festa que eles veem lá fora, as luzes, eles sabem que isto é porque nasceu Jesus e não tem outro motivo, que muitas vezes é esquecido. Que haja esta continuidade desta festa que se vê lá fora, mas cujo sentido mais profundo é este que tentamos dar também na compreensão daquilo que é o nascimento do nosso salvador”, acrescentou.
Neste contexto, Mário Maia Matos assinalou que se os filhos “conseguem com esta idade compreender” que se festejam o aniversário “é fundamental também” celebrar o nascimento de Jesus.
“Se eles começarem desde pequeninos, com coisas simples, não é preciso coisas muito complicadas, eles podem levar esta mensagem para o resto da sua vida”, referiu.
Em declarações à Agência ECCLESIA, Paulo Santos explica que na Cidadela Arco-Íris tentam “viver o Natal de uma maneira muito simples” e mostrando a todos que queiram ir e estar com a comunidade na Abrigada (Alenquer) que “a convivência é possível”.
“No nosso ambiente, com a nossa simplicidade, com os nossos trabalhos, com as nossas tarefas do dia-a-dia, podemos testemunhar que esta mensagem que Jesus trouxe é também possível no concreto, na vida do dia-a-dia, nos afazeres de quem tem que ir para o trabalho, de quem tem as suas famílias, de quem tem as suas preocupações”, acrescentou.
Os Focolares estão a comemorar o centenário do nascimento de Chiara Lubich, a sua fundadora, e o movimento em Portugal, a 22 de janeiro, destacava que foi uma “figura carismática do século XX”, valorizando o “seu pensamento e ação em prol da fraternidade e da paz”.
“Pensamos que é o momento realmente para a mostrar, para a apresentar também ao mundo, e para poder reencontrá-la como alguém que tem uma mensagem de unidade, traz uma mensagem de paz, de tolerância e de diálogo que é extremamente importante nos nossos dias”, desenvolveu Paulo Santos.
Chiara Lubich, nascida Silvia Lubich a 22 de janeiro de 1920, em Trento, Itália, faleceu a 14 de março de 2008 em Rocca di Papa, fundou um movimento que tem como finalidade a construção de um mundo unido aprovado pela Santa Sé, reconhecido por outras Igrejas Cristãs – Ortodoxa, Anglicana, Luterana – e por diversas religiões e organismos culturais internacionais.
Em novembro de 2019 concluiu-se a fase diocesana da sua causa canonização, na Catedral de São Pedro, em Frascati, Itália.
Para este Natal, os Focolares da Cidadela Arco-Íris gravaram a música ‘Nasce o Amor’ associando-se à iniciativa ‘Natal Juntos’, da plataforma ‘Juntos pela Europa – Portugal’, na partilha de “canções natalícias e ecuménicas de amor e de esperança”.
CB/OC
«Juntos pela Europa»: Focolares cantam «Nasce o amor» e partilham a esperança (c/vídeo e áudio)