Quatro portugueses vão participar na eleição da nova presidente do movimento e numa audiência com o Papa
Lisboa, 29 ago 2014 (Ecclesia) – O Movimento dos Focolares vai reunir-se entre os dias 1 e 28 de setembro em Roma, para uma assembleia geral que contará com cerca de 500 delegados, entre os quais quatro portugueses.
O mês de reflexão, no Centro Mariápolis de Castelgandolfo, vai ter como grandes destaques a eleição da nova presidente dos Focolares, para os próximos seis anos, e uma audiência com o Papa Francisco, prevista para dia 26 de setembro.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, Maria Eugénia Roquette, que participou na preparação da assembleia geral em Portugal, sublinha a importância daquele encontro para reforçar a “identidade carismática do movimento”, fundado em 1943 por Chiara Lubich.
Por outro lado, em cima da mesa vão estar desafios como “o trabalho com as novas gerações, os idosos e as famílias”.
Tendo em conta problemáticas como a crise económica, o desemprego e a situação de abandono que os mais velhos enfrentam cada vez mais na sociedade atual, é fundamental que quem pertence ao Movimento dos Focolares seja capaz de “sair das próprias fronteiras para ir ao encontro do sofrimento da humanidade”.
“É uma nova fase para o movimento, esta que estamos a viver, e sentimos todos esta responsabilidade, também tendo em vista o futuro”, frisa Maria Roquette.
A formação permanente é outra prioridade, para que seja possível levar às pessoas “a resposta que o Jesus de hoje dá à humanidade de hoje”.
Daí que, no que diz respeito à eleição da nova presidente do movimento, aponta Maria Roquette, o fundamental seja escolher alguém que consiga fazer com que o carisma deixado por Chiara Lubich “permaneça atualizado e íntegro”.
“A presidente é a pessoa que por excelência garante a unidade do movimento e portanto esperamos uma pessoa que tenha essa capacidade, essa apetência, esse coração grande e largo”, sustenta.
Quanto à audiência com o Papa Francisco, marcada para os últimos dias da assembleia, ela será sempre “um momento excecional” para o movimento.
“Aquilo que o Papa nos dirá será certamente uma graça e uma diretiva para os próximos anos”, conclui.
O Movimento dos Focolares nasceu na cidade italiana de Trento e assumiu-se inicialmente como uma força de renovação espiritual e social no contexto da II Guerra Mundial.
Nos anos seguintes, o seu carisma estendeu-se um pouco por todo o mundo, com a aprovação da Santa Sé e o reconhecimento das diversas religiões e organismos internacionais.
Em Portugal, o organismo católico chega atualmente a milhares de pessoas, crianças, adolescentes, jovens e adultos, que têm na Cidadela Arco-Íris um espaço privilegiado de encontro inter-religioso e intercultural.
Situada na localidade da Abrigada, a cerca de 45 km de Lisboa, a estrutura criada em 1997 “apresenta-se como um esboço de um mundo novo, alicerçado nos valores fundamentais do homem”, refere o site do Movimento dos Focolares.