Presidente da União das Misericórdias participou na peregrinação a Fátima e disse esperar que o Orçamento de Estado para 2019 reveja comparticipações sociais
Fátima 15 set 2018 (Ecclesia) – O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) afirmou hoje, em Fátima, que a peregrinação nacional é uma expressão da eclesialidade das instituições e espera que o Orçamento de Estado seja reflexo de “reversões” para o setor social.
“Fala-se muito de reversões, mas ainda não houve reversões em relação ao setor social e solidário”, disse Manuel Lemos à Agência ECCLESIA na segunda Peregrinação Nacional das Misericórdias a Fátima.
O presidente da UMP lembrou que a situação atual não se pode “manter por muito mais tempo”, referindo que as comparticipações do Estado “têm de ser proporcionais aos custos” das organizações que garantem a prestação de serviços sociais.
“O setor solidário tem sido a grande almofada social do país”, lembrou.
Para Manuel Lemos, “embora a situação social e económica esteja melhor, não está resolvida”.
“Há muita gente que sofre, que tem dificuldades, há carência de rendimentos, aumento do número de idosos, da fragilidade desses idosos, o explodir de demências, que torna muito difícil manter os níveis de qualidade que o Estado exige e bem diante das comparticipações que o mesmo Estado paga”, sustentou.
A UMP promoveu hoje a segunda Peregrinação Nacional ao Santuário de Fátima, participada por dirigentes, colaboradores utentes e voluntários de cerca de 50 instituições.
“Esta peregrinação tem por objetivo deixar bem claro a nossa eclesialidade, os nossos valores e as nossas raízes”, disse Manuel Lemos, lembrando o “compromisso” assumido com a Conferência Episcopal nesse sentido.
“Somos associações livres de pessoas que nos juntamos para cumprir a nossa missão há mais de 500 anos, continuamos a fazê-lo com grande alegria, com grande fé, de cabeça levantada”, acrescentou.
PR