Documento vai ser publicado esta terça-feira
Cidade do Vaticano, 31 jul 2013 (Ecclesia) – O Instituto para as Obras de Religião (IOR), conhecido como o Banco do Vaticano, vai apresentar esta terça-feira, pela primeira vez, o seu balanço anual.
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse hoje aos jornalistas que este será um “documento técnico”, com uma centena de páginas, que representa um “passo significativo” nos esforços de transparência.
O Papa criou em junho uma comissão de inquérito para o IOR, que tem como finalidade recolher “informações precisas sobre a situação jurídica e as várias atividades do Instituto”.
O documento (quirógrafo) assinado por Francisco indica que “o sigilo e quaisquer outras restrições estabelecidas pelo sistema legal não inibem ou restringem o acesso da Comissão a documentos, dados e informações”.
Os cinco membros da comissão, que inclui dois cardeais e uma leiga norte-americana, têm como missão procurar “uma melhor harmonização” do IOR com a “missão universal” da Igreja Católica e da Santa Sé, no “contexto mais geral das reformas que seja oportuno realizar por parte das instituições que auxiliam a Sé Apostólica”.
O Instituto para as Obras de Religião foi fundado em 1942 por decreto papal e o seu objetivo é “servir a Santa Sé e a Igreja Católica em todo o mundo”, destaca o Vaticano.
O IOR protege o património de um grupo “claramente determinado de pessoas físicas e jurídicas” com filiação na Igreja Católica, definida pelo direito canónico ou pelo direito do Estado da Cidade do Vaticano.
O governo do instituto é constituído por uma comissão cardinalícia, um prelado, um Conselho de Supervisão e uma direção.
O IOR tem ao seu serviço 114 funcionários, com sede no Estado da Cidade do Vaticano.
OC