Maria Ana Silva é Finalista em Ciência Política e Relações Internacionais e olha para percurso na faculdade como tempo de amadurecimento pessoal e espiritual

Lisboa, 16 mai 2025 (Ecclesia) – Maria Ana Silva é finalista da licenciatura de Ciência Política e Relações Internacionais e este sábado vai participar na bênção das pastas, na Cidade Universitária, em Lisboa, encarando o final desta etapa uma como “realização especial”.
“Sinto uma realização especial em acabar o curso e sentir que, embora não vá continuar para mestrado, que foram uns ótimos três anos na Universidade Católica Portuguesa (UCP) e que finalmente chegou o momento de finalizar este percurso”, afirma em declarações à Agência ECCLESIA.
Finalizada a licenciatura, a jovem de 21 anos quer entrar no mercado de trabalho, para decidir que em que área gosta mais de trabalhar.
“Sinto que ainda não sei bem o que é que eu mais gosto, o que é que eu me vejo a fazer no futuro. Sinto que preciso ainda de explorar um bocadinho o que é que é o mercado de trabalho, que oportunidades existem e só depois, então, ingressar no mestrado”, conta.
O padre Miguel Vasconcelos, capelão da UCP e diretor do Setor da Pastoral Universitária no Patriarcado de Lisboa, considera a fase universitária como um tempo “definidor” da identidade dos jovens e que, com a primazia do acompanhamento, a Igreja foi entendendo a importância de olhar para este tempo na vida dos jovens.
“Parece que se entra ainda criança e sai-se um adulto. Estes anos são definidores do que os jovens serão, porque são anos muito transformadores de identidade. A Igreja não pode olhar para isto e dizer que não é uma prioridade. De uma forma cada vez mais relevante, a Igreja, do ponto de vista pastoral, tem vindo a perceber que esta faixa etária dos universitários é absolutamente decisiva, porque se é o momento em que se constrói a identidade, também é o momento em que se constrói a pertença à Igreja”, sublinha.
O responsável fala ainda do espaço universitário como um espaço de encontro de “sabedoria, de inteligência, de procura de mais, de infinito e verdade”.
“Articular a convergência da procura da verdade quer no conhecimento como na vida pessoal é o desafio. Nós queremos juristas que na sua atividade profissional, procurem a justiça como a tradição cristã a entende e como a ajudou a esclarecer ao longo das épocas. Nós queremos especialistas em ciência política capazes de olhar para o mundo em que vivemos e encontrar as maneiras certas de propor uma fraternidade universal. É isso que procuramos e isso é um desafio que só se conseguirá se houver convergência na dimensão profissional e na dimensão pessoal, na dimensão espiritual”, traduz.
Maria Ana Silva encontrou no espaço da Universidade, momentos quer de acompanhamento como de estímulo à sua pertença à Igreja, olhando para o seu percurso como um caminho de amadurecimento pessoal e espiritual, elegendo propostas do Núcleos de Estudantes Católicos e a Missão País.
“Todas estas experiências que fui fazendo com a faculdade abriram muito o horizonte, e desafiaram-me a não me fechar, a conhecer pessoas muito diferentes e a confiar no meu caminho”, explica a jovem finalista.
A conversa com Maria Ana Silva e o padre Miguel Vasconcelos vai estar no centro do programa ECCLESIA, emitido este sábado na antena 1, pelas 6h.
LS