Fim dos restauros nos tectos da Igreja do Santíssimo Sacramento

O cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, preside, no dia 17, às 17 horas, à missa que assinala o fim do restauro dos tectos e a reabertura ao culto da igreja do Santíssimo Sacramento, ao Chiado. As pinturas são de Pedro Alexandrino de Carvalho, concluídas em 1805.

“Mais de duzentos mil euros foram necessários para o restauro do tecto e a lavagem da pedra. A igreja, edificada na zona de intervenção do Fundo Remanescente da Reconstrução do Chiado, não recebeu qualquer apoio para a sua reabilitação e restauro. Apenas contou com uma pequena indemnização do Metropolitano de Lisboa, concedida em compensação dos estragos causados pelas obras de prolongamento da linha” – lê-se num comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Localizada numa das zonas mais pobres e despovoadas de Lisboa, os donativos têm vindo de toda a cidade. “O povo cristão intuiu que não podia abandonar a igreja que tem por orago o seu mais precioso tesouro, o Santíssimo Sacramento da Eucaristia” – sublinha o comunicado.

As obras de restauro continuam, mas as pinturas dos tectos e outras obras de reabilitação da igreja podem já ser vistas a partir do dia 17 de Outubro. Para a comunicação social que estiver interessada far-se-á uma visita guiada, no dia 15 de Outubro, às 12 horas, podendo na mesma ocasião ser visitada, pela primeira vez, a cripta da igreja onde jazem alguns corpos perfeitamente mumificados.

Há histórias verdadeiramente impressionantes, duas delas relata-as o pároco, cónego Armando Duarte: “um grupo de quatro militares americanos que estiveram no Iraque, donde saíram com vida e com razoável pecúlio, de visita a Lisboa, souberam do restauro da igreja e imediatamente ofereceram um donativo já que, sendo católicos, tinham este propósito de ter um gesto de gratidão a Jesus presente no Santíssimo Sacramento”. Outra história diz respeito a uma idosa “que ainda reside na Paróquia e que da sua pensão mínima, todos os meses tira alguma coisa para as obras. Porque está quase cega, nunca verá os tectos de Pedro Alexandrino. A sua oferta é tão gratuita como a da viúva pobre do Evangelho”.

 

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