Lisboa, 13 mai 2014 (Ecclesia) – O Movimento de Trabalhadores Cristãos Europeu (MTCE) pede, numa declaração publicada esta terça-feira, o fim da política de austeridade que “está a destruir a Europa”, com consequências gravosas para as pessoas.
Com o título «Trabalho, pão e dignidade – Queremos e merecemos uma Europa melhor», a declaração do MTCE sobre as eleições europeias de 22 a 25 deste mês, enviada à Agência ECCLESIA, realça que o “desemprego jovem, sobretudo nos países mais afetados pela crise, alcançou proporções dramáticas”.
Em forma de alerta para os 400 milhões de cidadãos europeus, dos 27 países membros da União Europeia, o comunicado do MTCE sublinha que a crise que reina há vários anos e que começou como uma crise financeira e continuou com a crise da dívida, levou “a uma notável perda de confiança na política europeia, o que afeta em grande parte o próprio projeto europeu”
“O desemprego, a precariedade laboral e os baixos salários representam um grande desafio”, alertam os membros do Movimento de Trabalhadores Cristãos Europeu.
Como efeito da crise nota-se “um aumento da desintegração social” e “a desigualdade social entre os países membros, e no interior deles, está a crescer”, denuncia o documento.
“É escandaloso que os ricos sejam os beneficiados da crise e se tornem ainda mais ricos, enquanto os pobres são cada vez mais numerosos” acrescenta a nota dos trabalhadores cristãos europeus.
Só uma Europa “social justa” vai conseguir “a aceitação e aprovação”, assim como o “sentido de pertença dos trabalhadores e trabalhadoras no seio da Europa”, pede.
Como a Europa se encontra “numa encruzilhada”, o MTCE alerta que “modelo neoliberal atualmente vigente deve ser mudado para um modelo social europeu, que combine os aspetos ambientais e sociais com os demais”.
Em relação ao domingo, os trabalhadores cristãos solicitam à União Europeia que o declare “como dia semanal de descanso laboral para todos os cidadãos e cidadãs europeus, para proteger a sua saúde e garantir um melhor equilíbrio entre o trabalho e a vida privada e familiar”.
LFS