Filipinas: Extremistas islâmicos atacam prisão para libertar membros radicais detidos

Episódio reforça clima de medo naquele que é atualmente o único país asiático de maioria católica

Lisboa, 05 jan 2017 (Ecclesia) – Um grupo armado de extremistas islâmicos atacou uma prisão no sul das Filipinas e libertou cerca de 150 presos, num assalto que resultou na morte de um dos guardas daquele estabelecimento prisional.

De acordo com a página online da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre, o ataque dos rebeldes muçulmanos teve lugar esta quarta-feira em Kidapawan, na província filipina de Cotabato.

O estabelecimento em causa alberga vários elementos ligados “a grupos radicais islâmicos” e “considerados perigosos”.

Muitos deles foram libertados durante o assalto à cadeia, “que durou quase duas horas”, acrescenta a AIS.

Num território que é atualmente o único país asiático onde a maioria da população é católica, as suspeitas das autoridades estão a incidir sobre “um grupo armado ligado a separatistas islâmicos, muito ativos no sul das Filipinas”.

O ataque poderá ter partido de “uma fação dissidente da Frente de Libertação Islâmica Moro, que assinou recentemente um acordo de paz com o governo central em Manila”, pode ler-se.

Nas Filipinas vivem-se “tempos conturbados” devidos aos “ataques terroristas provenientes de grupos radicais islâmicos”.

Uma situação que já foi abordada por um representante da comunidade católica no país, o padre e missionário italiano Sebastiano D’Ambra.

“Outrora, as Filipinas eram um lugar de sonho para o diálogo inter-religioso. A harmonia era total. Mas agora a situação mudou completamente”, lamentou o sacerdote, responsável há décadas pelo projeto ‘Forum Silsilah’, que tem como objetivo fomentar o diálogo e a paz entre cristãos e muçulmanos, naquele arquipélago asiático.

JCP 

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