Sé católica tem danos estruturais graves em resultado dos combates na cidade
Lisboa, 20 abr 2018 (Ecclesia) – A Catedral de Marawi, nas Filipinas, vai ser demolida por causa dos danos estruturais graves que sofreu, após ter sido profanada e queimada, num ataque de um grupo de jihadistas ligado ao autoproclamado ‘Estado Islâmico’.
A informação foi divulgada hoje pela fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), que fala num ataque contra “um símbolo do cristianismo nas Filipinas”.
“A catedral e a casa do bispo foram seriamente atingidas. Agora, sabe-se, será impossível proceder á sua reconstrução”, acrescenta a nota da AIS, enviada hoje à Agência ECCELSIA.
A fundação pontifícia sublinha que a ocupação pelos terroristas deu lugar a uma “violenta ofensiva militar” e que a Igreja em Marawi está “profundamente empenhada” no apoio à comunidade local.
O ataque contra a catedral católica aconteceu em maio de 2017.
O bispo de Marawi, D. Edwin dela Pena, afirmou que o esforço principal da Igreja Católica estará focado na reconstrução das comunidades, das pessoas.
O prelado acrescenta que deseja construir no local onde se ergue ainda a catedral “um edifício simples”, que seja “símbolo da missão da Igreja na região”, uma “presença reconciliadora” em Marawi.
Em declarações à AIS, D. Edwin de la Peña lamentou o estado em que se encontra a cidade, onde se cruzam “tantas memórias”.
“Está tudo destruído, mesmo as árvores que plantámos estão esburacadas pelas balas”, concluiu.
OC