Filipinas: Bispo e padres com escolta militar

O Bispo filipino Angelito Lampon, vigário apostólico de Jolo, revelou à organização católica Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) que ele e outros sacerdotes e religiosos dessa região estão sob escolta militar, após uma onda de assassinatos e de raptos de pessoal eclesiástico nos últimos anos. O próprio Bispo teve de construir uma casa de vigilância na sede episcopal. Por esta razão, ele pede aos seus irmãos católicos do mundo inteiro que rezem pela Igreja de Jolo, para que, «apesar das circunstâncias externas, esta tenha a força e a coragem de prosseguir o seu caminho». Segundo D. Lampn, o futuro é «sombrio», pois os dirigentes políticos «não albergam nos seus corações um interesse pelo bem-estar geral» e porque as poucas pessoas de boa vontade não são capazes de abrir caminhos diante de posturas assumidas há muito tempo, que, «alheias ao bem-estar geral, são muito individualistas e estão muito centradas no próprio grupo étnico». O Bispo explica que os abusos de violência e de hostilidade não cessam. D. Lampon também foi objecto de insultos e inclusive foi cuspido enquanto passava na rua. O vigário apostólico de Jolo diz que «os católicos rezam pela paz e pela reconciliação depois de cada comunhão, e que é sobretudo sua fé que lhes infunde esperança». Também disse que os católicos rezam para que O seu predecessor, D. Ben de Jesus, assassinado em 1997 em Jolo, «inspire com o sublime sacrifício da sua vida e a sua morte os dirigentes políticos, os habitantes de Tawitawi e Sulu e a toda a nação, para que lutem, trabalhem e rezem pela paz». Em Janeiro deste ano, outro sacerdote filipino morreu com um tiro. O Pe. Reynado Jesús Roda, assassinado por muçulmanos, pertence, como o D. Lampon, D. Bem de Jesus e o Pe. Benije Inocêncio (assassinado a 28 de Dezembro de 2000), à congregação dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada. O vicariato de Jolo inclui a província de Sulu (sul das Filipinas) e mais de 450 das Ilhas Tawitawi. Nesta região, maioritariamente muçulmana, os católicos representam pouco mais de 3% da população. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre

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