Figuras públicas lançam nova rede de apoio

Alfredo Bruto da Costa realça que a principal prioridade é mostrar que «ainda existe muito espaço para exercer a solidariedade»

Lisboa, 30 mai 2012 (Ecclesia) – Figuras públicas ligadas a áreas como a economia, política, cultura e desporto uniram hoje esforços com representantes da Igreja Católica e de instituições solidárias para desafiarem os portugueses a um esforço renovado a favor dos mais desfavorecidos.

O movimento “Sociedade Civil Solidária” (SCS), apresentado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, nasceu a partir da situação de crise que se abateu sobre o país e vai dar a possibilidade a qualquer cidadão, “com maiores ou menores recursos”, de ajudar financeiramente “quem mais precisa”, realça Alfredo Bruto da Costa.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, um dos promotores da iniciativa, recordou que “Portugal está numa situação extremamente grave “ e esclareceu que a principal prioridade é mostrar que “ainda existe muito espaço na sociedade civil para exercer a solidariedade”.

O projeto terá como face mais visível a recolha de donativos, que poderão ser feitos através do site www.scsolidaria.org, do número de identificação bancária (NIB) 003603249910000923653 e de chamadas de valor acrescentado para o número de telefone 760 105 010.

Todas as verbas serão depois canalizadas para o Fundo Social Solidário, gerido pela Cáritas Portuguesa, que as fará chegar às pessoas ou famílias mais carenciadas.

De acordo com Eugénio da Fonseca, presidente daquela instituição humanitária católica, os frutos que forem colhidos a partir do desafio lançado pelo movimento SCS representarão “um reforço qualitativo para o fundo criado pela Conferência Episcopal Portuguesa”, uma ferramenta financeira que “tem atualmente muitas limitações”.

Os critérios de atribuição das ajudas vão obedecer à análise que for feita no terreno, “a nível local”.

Neste momento, as situações mais preocupantes – e que têm merecido apoio “em primeira-mão” – dizem respeito a problemas relacionados com pagamentos de habitação.

“Se não fosse o fundo, muitas famílias já tinham entregue as suas casas aos bancos ou tinham-nas abandonado, porque simplesmente não conseguem pagar aos senhorios”, aponta Eugénio da Fonseca.

Outra fatia importante do Fundo Social Solidário tem servido para atender necessidades relacionadas com as áreas da saúde, da educação e do apoio à criação de emprego.

A antiga primeira-dama portuguesa, Manuela Eanes, também embaixadora do movimento SCS, mostrou-se confiante de que o esforço proposto aos portugueses vai permitir a realização de um autêntico “milagre” solidário que ajudará a levantar o país.

Uma ideia secundada pelo porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, padre Manuel Morujão, para quem a abertura deste novo espaço de recolha de donativos irá funcionar como uma “bola de neve” que permitirá aumentar a “capacidade de resposta” aos problemas.

Todo o processo de distribuição das verbas recolhidas a partir do movimento SCS será sujeito a uma auditoria técnica, para conferir ao projeto o maior rigor e transparência. 

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