Fiéis Defuntos: «A Esperança na Ressurreição dos mortos não é um anestésico», mas «permite que não entremos em desespero», afirma arcebispo de Braga

D. José Cordeiro presidiu à Eucaristia na catedral, lembrando que, para os cristãos, «a morte não é eterna, é uma Páscoa, passagem para a vida definitiva»

Foto: Arquidiocese de Braga

Braga, 03 nov 2025 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga destacou este domingo o horizonte da esperança com o qual deve ser vivida a comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, na Eucaristia a que presidiu na catedral da arquidiocese.

“A esperança na ressurreição dos mortos não é um anestésico que nos deixa atordoados e incapazes de perceber com claridade o que acontece à nossa volta. A esperança permite que não entremos em desespero, fazendo-nos atravessar a dor, acompanhados por Cristo, o vencedor da morte”, referiu D. José Cordeiro, na homilia disponibilizada no site da arquidiocese.

O arcebispo salientava o modo como cristãos acreditam que a “morte não tem a última palavra e não é o fim”, no entanto isso não significa que este dia não traga a saudade daqueles que foram queridos e a dor por alguém com quem já não se pode conviver.

Na celebração, D. José Cordeiro lembrou o Credo e a frase “Espero a ressurreição dos mortos” que ele contém, indicando que se este for rezado com fé e for transposto para a vida de cada um, é possível viver “a vida atual com os olhos postos na vida futura, à qual se tem acesso com a morte biológica”.

Foto: Arquidiocese de Braga

“Para nós cristãos a morte não é eterna, é uma Páscoa, passagem para a vida definitiva, a vida que Deus quer partilhar e que nos está prometida desde a ressurreição de Cristo”, mencionou.

O arcebispo de Braga expressou o desejo de “que a vivência deste Ano jubilar”, que procura reabrir em todos “a fonte da esperança”, “seja também oportunidade para dar à morte o seu verdadeiro lugar” na vida de cada um: “porta que se abre para a vida eterna após a peregrinação neste mundo”.

A comemoração de todos os fiéis defuntos, que a Igreja Católica celebra anualmente a 2 de novembro, remonta ao final do primeiro milénio: foi o abade de Cluny, Santo Odilão, quem no ano 998 determinou que em todos os mosteiros da sua Ordem se fizesse nesta data a evocação de todos os defuntos ‘desde o princípio até ao fim do mundo’.

LJ/OC

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