FIDESCO aposta em Portugal

Nova ONG está voltada para os países do Sul em vias de desenvolvimento. Objectivo é respeitar riquezas locais, sem pretensas superioridades Está a nascer em Portugal uma nova ONG voltada para os países do Sul em vias de desenvolvimento. A Fidesco Portugal está inserida na rede internacional com 26 anos e presente em mais de 30 países com os ideais de solidariedade. O projecto aposta no envio de missionários por períodos de dois anos. José Vitor Adragão, Presidente da Fidesco Portugal refere ao Programa ECCLESIA que “em casos excepcionais aceitamos um ou seis anos”. Apesar da “elasticidade, consideramos que dois anos respeitam a integração local, para que não seja um estrangeiro que vai vender um produto, mas é alguém que entra no povo e percebe a cultura”. Os missionários não são enviados sozinhos, “vão sempre em equipa”, são apoiados por equipas locais “e são visitados anualmente”. Os missionários têm seguro, estadia assegurada e subsídio de reintegração no regresso. As condições oferecidas manifestam a “preocupação para que eles não se arrependam do tempo que deram à missão”. O Presidente da Fidesco Portugal explica que com os projectos de missão “não levamos a nossa superioridade, riqueza ou sabedoria. Vamos ao encontro para partilhar o que eles são e descobrir as necessidades que eles têm de forma a responder a isso”. Os voluntários colocam-se “ao serviço das nossas realidades dos empregadores locais, que é sempre a Igreja. Quem nos lança propostas são dioceses, grupos ou entidades religiosas do hemisfério Sul às quais respondemos com as missões, em vários âmbitos”, explica. A Fidesco apresenta cinco grandes áreas de intervenção – saúde, educação, social, agricultura e gestão. José Vitor Adragão explica que está a surgir um projecto de arquitectura. Médicos, engenheiros, gestores, arquitectos, carpinteiros, agricultores, jardineiros, “sempre de acordo com as necessidades que nos são colocadas”, acrescenta. “Eventualmente poderá haver mais necessidade de quadros do que de trabalhadores manuais, mas há situações em que o trabalhar manual especializado pode ser importante para ajudar a arrancar uma escola piloto ou num projecto de formação profissional”. Lisboa, Porto, Coimbra e Évora têm já núcleos da Fidesco. Está em marcha uma campanha de divulgação nestes quatro centros urbanos para “desafiar as pessoas”. A proposta contempla um ano de formação para que “não se parta no romantismo e ingenuidade da missão, mas consciente do que se vai fazer”. José Vitor Adragão afirma que contam já missionários dispostos a partir. Brasil e a Guiné-Conakri são para já os destinos. A Fidesco Portugal integra a federação de várias Fidescos nacionais com estatuto transversal que, explica José Vitor Adragão, “confere uma capacidade de resposta a diferentes solicitações, independentemente da língua ou da origem de onde vem a solicitação”. Esta ONG tem uma forte representação na Europa e no mundo e o reconhecimento forma da Santa Sé. O Presidente internacional é membro do Conselho Pontifício Cor Unum.

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