Numa semana dedicada à Oração pela Unidade dos Cristãos, apeteceu-nos reflectir sobre esta realidade no que nos toca a nós, um Departamento da Pastoral Juvenil no seio da Igreja católica. Partindo da ideia subjacente a esta semana de que os esforços para a unidade são urgentes e que na área da juventude se devem também encetar esses caminhos, recordamos o que se tem feito a nível nacional e/ou diocesano. Assim, recordamos o Fórum Ecuménico Jovem, que tem unido jovens das igrejas Católica, Presbiteriana, Lusitana e Metodista, e que todos os anos tem sido um espaço de encontro e de comunhão, partilhado pelas diversas dioceses do país. A Guarda acolheu-o em 2006, num ano em que as propostas ecuménicas surgiram intensivamente a nível europeu. Mas esta nossa diocese não se resumiu a esse esforço; por isso, quando lançou a nível nacional a proposta de um Festival de Verão de Música de Inspiração Cristã, quis também marcar um sinal que fosse de comunhão entre os jovens católicos, mas igualmente de comunhão entre artistas e jovens cristãos de todo o país. Pouco se tem dito relativamente a este assunto quando nos referimos ao festival JOTA, que vai este ano para a sua terceira edição. Mas é um facto que este festival, maioritariamente católico, tem sido fonte de abertura e fraternidade ecuménica. Logo na primeira edição foi convidado Héber Marques, evangélico nascido em Cascais, que no final do seu concerto deixou todos encantados com a sua música e postura. Dos artistas presentes, foi dos que maior número de cds vendeu na tenda do festival. Os próprios músicos que o acompanharam afirmaram ter gostado imenso da experiência e ter-se “sentido em casa”. A vontade deles em fazer parte do Jota prevê que possam estar presentes de novo este ano. Mas a segunda edição foi um passo ainda maior nesta perspectiva ecuménica. Da Igreja Presbiteriana Renovada estiveram presentes os Coração Profético que constituíram, sem dúvida, um dos pontos altos do cartaz do festival. O Júnior, vocalista da banda, afirmou no site oficial do festival que “sei que Deus não se importa com a religião e sim com o coração daqueles que o adoram”. Honrados por participar no JOTA, afirmaram ainda que “só existe um caminho para a salvação e é Jesus.” Os “Sopro de Vida” foram a outra banda evangélica da segunda edição do festival. Também eles se sentiram em casa: “Aliás essa distância que às vezes se “cria” entre católico/evangélico não aconteceu de forma nenhuma. Ficámos muito felizes pela forma entusiasta com que os presentes receberam a nossa música. Foi uma noite muito especial”. Numa entrevista concedida há dias ao Portal Cristo Jovem acerca da sua participação no Jota eles disseram que “foi uma experiência muito marcante, pela forma como nos receberam e por não ter havido nenhum tipo de preconceito por sermos “evangélicos num festival católico.” A próxima edição promete algumas surpresas mais, neste espírito de abertura e comunhão. DPJG – Diocese da Guarda