Festival de Cannes premeia «Adoration»

«Adoration», do cineasta canadiano nascido no Egipto, Atom Egoyan, foi contemplado com o Prémio do Júri Ecuménico no Festival de Cannes. A 61ª edição do Festival de cinema premiou, na categoria ecuménica, um filme que conta a história de Simon, um adolescente que reinventa a sua vida na Internet. Através da reconstituição da memória acerca dos seus pais, mortos num acidente de carro, a sua história provoca fortes reacções em todo o mundo ligado à Internet. Ciberespaço surge como um fórum para vítimas, mas será também um espaço para a redenção? À volta desta situação se desenvolve a acção do filme que aborda questões sobre a identidade, a família e a religião. O júri ecuménico, que reúne organizações católicas e humanitárias, é formado por seis profissionais do cinema e cristãos de diversas culturas. Para Atom Egoyan, realizador e argumentista egípcio, de seu nome verdadeiro Atom Yeghoyan, esta, não é uma estreia no Festival de Cannes. Em 1997, com The Sweet Hereafter (O Futuro Radioso), Egoyan foi nomeado para o Óscar de Melhor Realizador e para o Melhor Argumento Adaptado, recebendo ainda o grande prémio do Júri do Festival de Cannes e o prémio Independent Spirit para o Melhor Filme Estrangeiro. O Festival de Cannes pretende dinamizar a criatividade em torno da criação cinematográfica. O papel do Festival tem crescido ao longo dos 61 anos de existência. A selecção de filmes, a promoção dos mesmos e dos artistas, a implementação de novas dinâmicas apoiando a criação são dimensões que o Festival quer imprimir ao serviço do cinema. Em 1939, o ministro francês para a Instrução Pública e de Belas Artes, Jean Zay, propôs a realização de um Festival Internacional em França. Cannes foi escolhido pelo seu “pôr-do-sol e lugar encantador”. No entanto, o primeiro Festival Internacional foi adiado, devido à 2ª Grande Guerra Mundial.

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