Festa nos 250 anos da Torre dos Clérigos

Porto, 19 abr 2013 (Ecclesia) – O Porto vai assinalar entre sábado e domingo os 250 anos da Torre dos Clérigos, um dos ex-líbris da cidade, com um programa de concertos de carrilhão e atuações musicais «non stop» (sem parar).

A iniciativa, promovida pela Irmandade dos Clérigos, inclui espetáculos de música barroca e contemporânea à construção do edifício, do século XVIII, na igreja dos Clérigos, por parte dos alunos da Escola Superior de Música do Porto.

Depois a inauguração das obras de conservação e restauro da capela de Nossa Senhora da Lapa, a igreja dos Clérigos tem obras “de intervenção e restauro das caixilharias e ferragens dos janelões da frontaria”, disse à Agência ECCLESIA o padre Américo Aguiar, juiz da Irmandade dos Clérigos.

A Irmandade dos Clérigos aguarda também “a aprovação do projeto de requalificação total do edifício” por parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, mas existe “a esperança que se possa concretizar o projeto”.

[[v,d,3907,]]O sacerdote revelou que na terça-feira vai decorrer o relançamento do livro ‘Uma aventura no Porto’, de Isabel Alçada e de Ana Maria Magalhães, que terá um capítulo novo relacionado com os 250 anos dos Clérigos, com “a presença de alunos das escolas e colégios da cidade”.

Ainda este mês vai ser lançado “um sabonete” com o objetivo de “provocar a cidade para a criação de um novo merchandising”.

A Irmandade dos Clérigos pretende que o monumento tenha “um novo brilho” e que “seja devolvido à cidade”, para “renovar a relação de namoro, noivado e amizade com os habitantes”.

Aquele que foi “durante muitos anos o ponto mais elevado do Porto” é para Germano Silva, historiador da cidade, “uma varanda virada para o Rio Douro”.

A Torre dos Clérigos chegou a ser aproveitada como “marca para os navios que vinham do alto mar”, salientou.

O monumento, projetado pelo arquiteto italiano Nicolau Nasoni (1691-1773), começou a ser construído em 1732 e ficou concluído em 1763; tem 76 metros de altura que podem ser subidos pelos visitantes através de uma escada em espiral com 240 degraus, num edifício que já foi o mais alto de Portugal.

Com planta octogonal, a igreja dos Clérigos foi construída “numa nesga de terreno” que existia ao cimo da calçada da Natividade, como se chamava na altura a rua dos Clérigos, e o arquiteto toscano “fez um prodígio fantástico”, sustenta Germano Silva.

O projeto inicial “admitia a construção de duas torres”, mas como o terreno era diminuto, Nasoni desistiu da “primeira ideia”.

O edifício é um monumento nacional desde 1910 e está inserido na zona classificada como Património da Humanidade.

O Programa ECCLESIA (RTP 2, 18h00) apresenta hoje uma reportagem sobre a Torre dos Clérigos.

LFS

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