O ministro Teixeira dos Santos é o convidado de honra do Cortejo que amanhã percorre as principais artérias de Viana do Castelo, por ocasião das Festa da Senhora da Agonia. Este ano, como há cem anos aquando da primeira parada agrícola, sai da Argaçosa e termina no Campo da Agonia. “A voz da Romaria” foi o título encontrado para o cortejo centenário que, desde 1908, proporciona aos forasteiros um conhecimento mais pormenorizado das tradições e dos saberes das 42 freguesias do concelho de Viana. A par destes cortejos etnográficos voltados para os saberes e sabores de Viana, realizaram-se ao longo de um século, alguns mais voltados para temáticas históricas ou então mais específicos sobre algum dos “ex-libris” da princesa do Lima. Esta manhã, a cidade de Viana do Castelo sofre uma autêntica “invasão” de moçoilas que vão integrar o desfile da Mordomia. Um dos números maiores do cartaz da romaria, este ano agiganta-se ao pretender juntar no desfile 750 mordomas numa alusão aos 750 anos de outorga do Foral fundador do município. Pela diversidade e pelo garrido e coloridos dos diferentes fatos e pelo ouro que ornamenta os pescoços e peito das mordomas, em alguns casos chega aos três quilos, o desfile da Mordomia é aguardado com redobrada expectativa no dia de apresentação de cumprimentos ao governador civil do distrito, ao presidente da Câmara e ao Bispo da Diocese. Findo o cortejo, a concentração é na Praça da República para a tradicional “Revista de Gigantones e Cabeçudos”, onde, perante o júri popular, os dez grupos de bombos contratados vão disputar o maior e mais prolongado aplauso como remate do despique de bem rufar nos tambores. Ao final da tarde (17h00), a Procissão Solene da Senhora da Agonia, depois da oração de Vésperas na capela, sai à rua e transforma as avenidas num espaço de catequese com quadros bíblicos dos principais momentos da história da salvação operada por Jesus Cristo. Redacção/Diário do Minho