Festa dos Povos

A 11 de Maio, Solenidade de Pentecostes, vamos celebrar de novo a Festa dos Povos. Como oportunidade de reflexão sobre a realidade sempre actual do fenómeno das Migrações e momento propício de expressão de solidariedade para com os nossos irmãos imigrantes. Quase nem damos por eles. Oxalá que isso seja índice de que a integração não é slogan, mas facto objectivo. E não sinal de indiferença. A Igreja não pode deixar de olhar para os imigrantes e de se preocupar com os seus problemas, «procurando compreender as suas vicissitudes e favorecer a sua integração», como recomenda o Papa Bento XVI (Mensagem para o dia Mundial do Migrante e do Refugiado,2008). Entre nós os imigrantes têm conseguido associar-se, com o apoio de entidades privadas e governamentais. É o melhor caminho de integração na sociedade, sem que isso signifique pura assimilação, com a consequente perda das tradições próprias. Mas não podemos deixar de estar atentos aos casos problemáticos. Este ano, o Papa chama a atenção para os jovens imigrantes, nomeadamente os estudantes, «os quais, por razões de estudo, se encontram longe de casa…Muitas vezes sentem-se sozinhos, sob a pressão do estudo e por vezes atormentados também por dificuldades económicas». Olhemos com olhos de ver! Só com o nosso apoio e solidariedade é que os imigrantes poderão ultrapassar as dificuldades próprias da sua situação e realizar os sonhos da sua vida, a que têm direito, como pessoas humanas. Pentecostes é a Festa dos Povos. O Espírito Santo é que torna possível construir a fraternidade universal, na diversidade de raças e culturas. Angra, 11 de Abril de 2008 + António, Bispo de Angra

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top