Férias: Igreja pede Turismo com respeito por todos, incluindo trabalhadores do setor

Responsável nacional apresenta desafios para período do verão

Lisboa, 08 jul 2016 (Ecclesia) – O diretor da Obra Nacional da Pastoral do Turismo (ONPT), da Igreja Católica em Portugal, lançou uma mensagem para a época balnear de 2016 em que defende uma atividade turística que respeite cada pessoa, incluindo os trabalhadores do setor.

“O turismo deve servir a todos e não apenas a algumas pessoas ou segmentos da sociedade. Desde logo, deverá promover-se um turismo que contemple os direitos e deveres dos trabalhadores do setor”, escreve o padre Carlos Godinho, numa nota enviada à Agência ECCLESIA e divulgada hoje pela ONPT.

O responsável recorda que os períodos de maior afluência de turistas são marcados por “exigências” que podem descurar os direitos destes trabalhadores, pedindo atenção à “relação entre tempo de trabalho e sua justa compensação económica”.

O sacerdote católico coloca o próximo período de férias em relação com o Jubileu da Misericórdia proclamado pelo Papa (dezembro 2015-novembro 2016), no qual se devem promover “atitudes de acolhimento, de partilha fraterna, mas igualmente na correção sincera, quando em causa possam estar valores pessoais, culturais ou patrimoniais”.

“A pessoa do turista tem de constituir o centro de toda a atividade do turismo, considerando que este é uma ação de pessoas para pessoas”, sustenta.

A tradicional prática das Obras de Misericórdia na Igreja Católica, assinala, deve inspirar os responsáveis turísticos ao “acolhimento sincero de cada pessoa, em autêntico amor fraterno, respondendo às suas necessidades”.

O padre Carlos Godinho alude em particular à Obra de Misericórdia que define a necessidade de “acolher o peregrino”.

“Nela se evidencia a vulnerabilidade de quem se encontra longe da sua pátria, da sua casa, bem como da comunidade humana de pertença, necessitando, portanto, de um especial cuidado de quem o acolhe”, precisa.

A mensagem realça o impacto do turismo enquanto atividade económica, que pode viabilizar o desenvolvimento comum, “quando as receitas da atividade turística são reinvestidas em proveito do bem de todos”.

O diretor da ONPT faz também referência às preocupações “sociais e ambientais” que a atividade turística tem suscitado, apelando a “medidas de defesa do ambiente e, consequentemente, de defesa das comunidades e respetivas pessoas”.

OC

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Agência ECCLESIA

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