O jornal católico angolano “O Apostolado” denuncia que a feitiçaria continua a fazer vítimas no país. O diário relata o caso do assassinato de um catequista em Malange, onde segundo testemunhos mais pessoas perderam a vida. Um dos Catequista da região de Pungo Andongo, Província de Malange, foi recentemente espancado até à morte, por suspeita de feitiçaria. O coordenador da Comissão de Justiça e Paz da Diocese de Malange, Pe. Figueira Bumba, que relatou o facto ao “Apostolado”, deplorou o acontecimento. Segundo este sacerdote, o catequista Manuel Sebastião foi acusado pela própria família de ter morto parentes próximos, razão que o deveria colocar diante do adivinhador, para a ingestão do m’bambo ( veneno para provar que o cidadão é ou não feiticeiro). O catequista de meia idade recusou-se a aceitar a imposição da tradição popular e acabou morto pelos próprios familiares. Este não é um caso isolado na região, já que há notícias que dão conta da morte de várias outras pessoas acusadas de feiticeiras. “Qualquer desgraça , morte de alguém por doença, as pessoas procuram logo encontrar culpados e estes são os homens de cabelo branco, o avô, a avó ou aquele mais velho já cansado”, diz o Pe. Figueira Bumba. A situação, que fere os Direitos Humanos em Malange, levou a comissão de Justiça e Paz a apelar à realização de um ciclo de palestras um pouco por toda a Diocese para chamar a atenção das população a eliminarem essa prática.