FEC envia técnicos educacionais para Guiné

Patriarca de Lisboa celebrou missa junto dos técnicos da organização não-governamental para o desenvolvimento

Lisboa, 06 set 2013 (Ecclesia) – A Fundação Fé e Cooperação (FEC), Organização Não-Governamental católica para o Desenvolvimento, inserida na Conferência Episcopal Portuguesa, vai hoje enviar 10 técnicos para a Guiné Bissau para participarem no desenvolvimento e promoção da educação naquele país.

Infância, ensino básico, com “intervenção na formação de professores”, administração e gestão escolar são as quatro áreas de intervenção abrangidas pelo programa Ensino de Qualidade em Português, explicados por Sofia Alves, Coordenadora do Programa da FEC na Guiné Bissau.

Durante o período de formação, a FEC apostou no enquadramento do trabalho que está a ser desenvolvido no terreno, bem como no conhecimento da organização e construção da equipa.

O objetivo foi “desconstruir alguns paradigmas e, eventualmente, preconceitos” que os técnicos pudessem ter, assinala Sofia Alves.

A FEC quer continuar a responder aos desafios com um serviço de qualidade, por isso, aos técnicos foi pedido “uma mente flexível e aberta à realidade”, não deixando o rigor científico a que são chamados, explica a coordenadora do Programa da Guiné Bissau.

D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, presidiu à missa de envio, esta quarta-feira, e revelou que “servir”, independentemente do local, “é um sinal de salvação em Jesus Cristo”.

Esta salvação, explicou, concretiza-se pelo serviço a que os técnicos se disponibilizaram e se prepararam para fazer, seja em atividades “mais confecionais, sociais, educativas ou sanitárias”.

O Evangelho inspira esta ação porque, segundo D. Manuel Clemente, “é a atitude cristã de resposta aos problemas humanos”.

“É muito interessante reconhecermos que a aventura evangélica, que começou há dois mil anos, contínua, agora, com estes protagonistas”.

Susana Silva já teve uma experiência de voluntariado «ad gentes» e, aos 51 anos, parte pela primeira vez, num programa da FEC.

Com um doutoramento em educação e formação na área de adultos, trabalhar na educação de infância vai ser “interessante” pela “riqueza” que proporciona, assinala Susana Silva.

Esta técnica decidiu candidatar-se ao trabalho na Guiné porque considera ter conhecimentos a partilhar e também deseja “aprender como se trabalha em países com mais dificuldades”, acrescenta.

A formação foi importante para gerir os sentimentos de quem vai “deixar a vida” que tem em Portugal.

Mónica Pacheco, com 29 anos e formação em Serviço Social, reafirma pelo terceiro ano letivo a vontade de trabalhar com a FEC.

Este é o trabalho que a técnica quer continuar a realizar porque acredita no projeto: “apesar de todos os problemas há mais coisas positivas”, nomeadamente a envolvência cultural, “o acolhimento das pessoas e a própria vivência”, sublinha.

Na Guiné Bissau, Mónica Pacheco trabalha com escolas das missões católicas do sul e do leste, “localizadas no interior do país”, realizando visitas regulares para acompanhar “a estrutura”, onde é também responsável pela formação e capacitação dos professores.

Mónica Pacheco desenvolve ainda o seu trabalho em Bafatá, a 140 quilómetros da capital Bissau, “com a equipa técnica regional dos inspetores da direção regional da educação”.

Para além das áreas de intervenção de cada técnico, é esperado que estes “desenvolvam e promovam o desenvolvimento humano”, conclui Sofia Alves, a coordenadora do programa da FECD na Guiné-Bissau.

CB/JCP/LS

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