Fé e biologia darwiniana

Um congresso sobre a evolução biológica realizou-se na cidade de Roma em que participaram físicos, biólogos, teólogos, e inclusive um Prémio Nobel. 150 anos após a sua redacção, a Teoria da “Origens das Espécies” de Charles Darwin contínua a ser a pedra angular da biologia evolucionista. Sede do evento, a Universidade Pontifícia Gregoriana acolheu o debate a análise de grandes expoentes. Entre eles, o Cardeal George Cottier, teólogo emérito de Casa Pontifícia, salientou a importância do ser humano como centro do debate: “Quando se apresenta a questão do homem na sua intrínseca constituição, com o seu destino e o seu lugar no universo, a evolução interpela o filósofo e o teólogo que não podem deixar de integrar esta reflexão.” “A criação significa a radical dependência da criatura da totalidade do ser que é Deus. A criação é a relação da criatura em tudo o que é do seu criador. Desde o ponto de vista activo, a criação significa a essência divina com a conotação de uma relação com a criatura, essa relação é relação e razão”, acrescentou. Este congresso realizou-se de 3 a 7 de Março em colaboração com a Universidade de Notre Dame de Indiana (EUA), e o Conselho Pontifico para a Cultura no âmbito do Projecto STOQ (Ciência, Teologia e Investigação Ontológica). Foi um dos eventos que a Santa Sé dedica ao cientista inglês Charles Darwin, 200 após o seu nascimento. No congresso, que pela sua importância é considerado um dos primeiros verdadeiros passos no diálogo entre ciência e fé, apresentaram-se os factos básicos sobre os quais se apoia a teoria da evolução das espécies. Reflectiu-se sobre o que a ciência diz sobre a origem do ser humano e sobre as grandes questões antropológicas relacionadas com a evolução. Também se abordou o tema do desígnio inteligente. Notícias relacionadas • Igreja e darwinismo em (des)encontro

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