Fátima: Tema «Misericórdia e Vida Consagrada» reuniu mais de 900 consagrados

Fátima, Santarém, 11 fev 2016 (Ecclesia) – A Semana de Estudos da Vida Consagrada reuniu em Fátima mais de 900 membros de institutos religiosos e seculares, no final do ano que lhes foi dedicado, por iniciativa do Papa.

O presidente da comissão responsável por esta semana de estudos explicou que, a partir do tema ‘Misericórdia e Vida Consagrada’, da 31.ª edição, quiseram “enquadrar” o Jubileu e o “conceito da Misericórdia na sociedade atual”.

“Uma sociedade que sob muitos pontos de vista ferida, fechada no individualismo, na competitividade, na violência e feito este enquadramento iluminar o tema da Vida Consagrada à luz da Sagrada Escritura, da vida de Cristo”, disse o padre Abílio Pina Ribeiro, no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima.

À Agência ECCLESIA, o presidente da Comissão da Semana de Estudos da Vida Consagrada, da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP), revelou que o objetivo foi também “mostrar como o Concílio Vaticano II está na génese” do Ano Santo da Misericórdia.

Depois, “descer à vida prática”, segundo o padre Abílio Pina Ribeiro, foi outro propósito da iniciativa que decorreu entre 6 e 9 de fevereiro.

“Toda esta maneira de encarar Deus e o Evangelho, naturalmente, vai repercutir-se nas Obras de Caridade e a maioria das pessoas consagradas trabalha com crianças, com jovens, idosos ou em terras de missão, dirige-se para as periferias geográficas e existências”, desenvolve o sacerdote da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria.

Para este responsável, a Semana de Estudos sobre a Vida Consagrada 2016 foi uma ocasião de “aprofundar e aplicar” às pessoas consagradas os objetivos e o dinamismo próprio do jubileu da Misericórdia.

O padre Leonel Claro, da congregação dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus, participou nesta semana com a “perspetiva” de encontrar algum ponto que faça “recordar e reavivar” a “dimensão fundamental” da Vida Consagrada.

“A Misericórdia muitas vezes está escondida pelos nossos trabalhos, pelo nossos estilos de vida, por andarmos muito preocupados com aquilo que somos, com as nossas obras, missões, e, muitas vezes, perdermos um pouco a noção que a vida religiosa, consagrada, é sobretudo o face a face, o estar com o outro, disponível e ao serviço dos outros”, desenvolve o sacerdote.

Já a irmã Olinda, do Instituto das Irmãs de São José de Cluny, explica que no Ano da Vida Consagrada procuraram “viver” as formações que a Igreja propôs para redescobrirem e “ajudar também a sociedade e o mundo redescobrir o valor da Vida Consagrada

Sobre a Semana de Estudos sobre a Vida Consagrada a religiosa destaca o “interessante” do tema reunir Vida e Consagrada e Jubileu da Misericórdia: “É um pouco ser este rosto da Misericórdia e o que nos vão despertar-nos, como ser esse rosto de Cristo e da vivência das Obras de Misericórdia no concreto do dia-a-dia.”

O padre António Gomes Dias, vogal da Comissão Semana de Estudos da Vida Consagrada, faz parte da equipa organizadora desde a primeira edição e relembra que “custou muito fundar” porque “havia opiniões diferentes”.

“Não sabíamos que pistas havíamos de seguir. Muito profunda de reflexão sobre a Vida Consagrada para especialistas ou então que abrangesse o leque máximo de pessoas”, explicou o sacerdote da Congregação do Santíssimo Redentor, destacando que esta edição no primeiro dia tinha 960 inscritos.

Neste contexto, fizeram “várias opções”, e segundo o padre António Gomes Dias optaram por uma semana de estudos para a maioria das pessoas “onde todos possam participar” independentemente do grau académico.

O missionário Redentorista observa que a semana não é para especialidade mas desde há 30 anos optam por “conferências acessíveis na linguagem e no estilo” e em português.

CB

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