Fátima: Santuário recorda vítimas dos atentados de Paris

Reitor fala em «consternação e repúdio generalizados»

Fátima, Santarém, 18 nov 2015 (Ecclesia) – O Santuário de Fátima manifestou hoje a sua solidariedade com as vítimas dos atentados terroristas dos últimos dias, em particular os de Paris, e convida os peregrinos a ter presente esta intenção nas suas orações.

Em declarações à sala de imprensa da instituição, o padre Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, afirmou que “os atentados terroristas, que deixaram um rasto de sangue e morte em Paris, na passada sexta-feira, provocaram consternação e repúdio generalizados”.

“Como disse o Papa Francisco, matar em nome de Deus é blasfémia! Nós que acreditamos na força da oração, rezamos pelas vítimas e fizemo-lo expressamente nestes dias”, acrescentou.

O sacerdote sublinha que a mensagem de Fátima é “mensagem de paz” e de “oração pela paz”.

“Nestas horas sombrias, é esse o nosso contributo: a oração pela paz e pelas vítimas desta guerra de terror”, sublinhou.

A nota do Santuário de Fátima assinala que a instituição católica não podia ficar “indiferente aos trágicos eventos dos últimos dias”, pelo que as celebrações oficiais têm recordado nas suas preces as vítimas dos atentados, “convidando os peregrinos a ter as vítimas presente e a fazerem-se solidários e próximos na oração com as suas famílias”.

“Os atentados terroristas em vários países, e particularmente os de Paris, têm despertado um sentimento de profundo pesar e solidariedade para com todas as vítimas e seus familiares”, refere o comunicado de imprensa, enviado à Agência ECCLESIA.

Face à violência dos últimos dias, o Santuário recorda que “o núcleo da mensagem de Fátima é habitado por um claro convite à oração do terço pela paz e ao compromisso da própria vida com o bem do próximo”.

A Cáritas Portuguesa promove hoje uma homenagem às vítimas de Paris, às 19h00, na igreja de Santa Isabel (Lisboa), com a presença do ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, do ministro da Administração Interna, de Azim Manji, representante da Comunidade Islâmica, e dos embaixadores da França, Áustria, Bulgária, Polónia, Roménia e Timor-Leste.

“Por estes dias as nossas orações e pensamentos juntam-se aos de todos os que sofreram diretamente com estes ataques, mas também a todos os que, em todo o mundo, são vítimas de uma guerra sem aparente fim à vista”, refere Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas.

Duas pessoas que estavam num apartamento no norte de Paris alvo de uma operação policial antiterrorismo morreram hoje, incluindo uma mulher que se fez explodir, de acordo com fontes policiais.

A operação tem como alvo o alegado cérebro dos atentados de sexta-feira na capital francesa, o belga Abdelhamid Abaaoud.

Nos atentados de sexta-feira, em Paris, morreram cerca de 130 pessoas e centenas ficaram feridas.

OC

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