Padre Joaquim Ganhão foi o primeiro orador e realçou os «milhões de peregrinos que guardam esta memória»
Fátima, 15 jan 2018 (Ecclesia) – O Santuário de Fátima abriu este domingo um ciclo de conferências na Basílica de Nossa Senhora do Rosário com uma conferência do padre Joaquim Ganhão, intitulada “Memória e Gratidão: atitudes crentes”.
De acordo com o gabinete de comunicação do Santuário de Fátima, o sacerdote destacou a temática como essencial no “ADN cristão”.
“Não é possível ser cristão sem cultivar estas duas atitudes (memória e gratidão), sem entrar nelas e sem assumir na vida as devidas consequências. Elas constituem o modo de ser mais profundo do cristão identificado com o dom que o tocou e com a graça que o envolveu”, sustentou o diretor do secretariado diocesano de Liturgia de Santarém.
O Santuário de Fátima apontou para este ano um ciclo de “encontros na Basílica” para aprofundar o tema que vai reger a sua agenda pastoral em 2018 – “Dar graças pelo dom de Fátima”.
Uma frase que, para o padre Joaquim Ganhão, remete para o “coração do acontecimento” das aparições da Cova da Iria e para a “história que dele brotou como um grande rio de graça, de vida e de misericórdia”.
Tal como há 100 anos atrás, as aparições de Fátima devem hoje continuar a ser celebradas, “acolhidas” e “atualizadas”, como “Mistério de Deus que visita o seu povo e a ele se revela como luz e salvação”.
“O Santuário guarda esta memória. Milhões de peregrinos guardam esta memória, aquela mesma memória viva de que falava há dias o Papa Francisco no discurso ao Corpo diplomático: uma memória que brota da fé, cheia de entusiasmo e alegria que Maria aqui suscita na multidão dos peregrinos”, recordou o sacerdote.
Aquele responsável destacou ainda a necessidade das comunidades cristãos continuarem a transmitir aos outros este legado de Fátima, também das figuras que dele fazem parte como os pastorinhos Francisco, Jacinta e Lúcia.
Sobretudo através do “encontro vivo com o Senhor na oração; da penitência que renova a vida; e da conversão” de vida.
O próximo “encontro na Basílica” está previsto para o dia 11 de março às 15h30, e vai ser dedicado ao tema “O reconhecimento eclesial das aparições de Fátima”.
A reflexão estará a cargo do padre João Paulo Quelhas, capelão do Santuário de Fátima.
O ciclo em causa tem também um âmbito mais cultural, com destaque para a música sacra.
A iniciativa contou no final com um recital do grupo Cantus Novus Ensemble, dirigido pelo maestro António Lourenço Menezes.
JCP
