D. António Marto realça convite a «despertar» de humanidade esquecida de Deus
Fátima, 27 nov 2016 (Ecclesia) – O Santuário de Fátima iniciou hoje o Ano Jubilar do Centenário das Aparições, com a passagem do pórtico jubilar, no alto do Recinto de Oração, e a da Missa na Basílica da Santíssima Trindade.
Na homilia desta celebração, o bispo da diocese de Leiria-Fátima, D. António Marto, disse que a evocação das aparições na Cova da Iria e o início de um novo ano litúrgico, com o tempo do Advento, rumo ao Natal, se ligam pela necessidade de reconhecer que “é hora de despertar”.
“Foi esta advertência que Nossa Senhora fez ecoar aqui em Fátima, com uma urgência impressionante, para a humanidade que esquecera Deus, que vivia de costas voltadas para Ele e caminhava para a catástrofe da guerra e da destruição”, referiu o prelado, numa intervenção enviada à Agência ECCLESIA.
O bispo de Leiria-Fátima falou num “horizonte da esperança” e de paz que marcou a mensagem deixada aos pastorinhos, em 1917, “pela defesa da dignidade dos oprimidos e dos inocentes, vítimas de guerras e genocídios sem precedentes na história”.
Milhares de peregrinos começaram o percurso com a oração do Rosário, às 10h00, na Capelinha das Aparições, seguindo depois em procissão, com a imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima até à Basílica, numa passagem pelo pórtico jubilar.
“A passagem pelo Pórtico do Jubileu seja o sinal exterior de que entramos em peregrinação interior e queremos deixar-nos guiar pela Virgem Santa que é mãe e sabe como conduzir-nos até Deus. Deixemo-nos, pois, guiar por Ela neste tempo de perturbação e de esperança”, pediu D. António Marto.
A criação deste Pórtico Jubilar resulta da intenção de dotar o Santuário de um elemento visual que possa celebrar os 100 anos de Fátima.
Já este sábado tinha sido inaugurada a exposição ‘As cores do Sol: a luz de Fátima no mundo contemporâneo. Exposição evocativa da aparição de outubro de 1917’, no ‘Convivium’ de Santo Agostinho, no piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade.
O Centro Pastoral de Paulo VI acolheu, depois, a apresentação do tema do ano por D. António Couto, bispo da Diocese de Lamego, a partir do Salmo 125 ‘O Senhor fez maravilhas’.
OC