Fátima: Santuário doa 15 mil euros para a Somália

Fátima, Santarém, 12 ago 2011 (Ecclesia) – O Santuário de Fátima vai enviar 15 mil euros para apoiar as populações da Somália, atingidas pela fome e a seca, anunciou hoje o bispo da diocese, D. António Marto.

Na conferência de imprensa de lançamento da peregrinação dos migrantes, que se inicia esta tarde, o prelado deixou um “apelo de solidariedade para com os refugiados da Somália”, pedindo uma “intervenção imediata para salvar vidas humanas”.

Nesse sentido, o bispo de Leiria-Fátima adiantou que o Santuário destinou 15 mil euros para enviar às populações somalis, de forma “imediata”, através da Caritas, organização católica para a solidariedade e a ajuda humanitária.

A seca que fustiga atualmente o Corno de África, considerada a pior dos últimos 60 anos, já provocou dezenas de milhares de mortos e constitui uma ameaça para mais de 12 milhões de pessoas na Somália, no Quénia, na Etiópia, no Djibouti, no Sudão e no Uganda.

O bispo de Leiria-Fátima referiu-se a episódios como os recentes atentados na Noruega, à onda de violência e pilhagens nas ruas de Londres e de outras cidades inglesas, bem como à crise financeira mundial que, segundo o prelado, faz como vítimas “os mais pobres”.

A situação é tida como crítica na Somália, onde a ONU decretou formalmente o estado de fome na capital Mogadíscio e noutras quatro regiões.

D. António Marto lamentou o “clima de pessimismo” que se vive na sociedade e alertou para um mundo deixado “à mercê dos mercados financeiros” e de um “capitalismo bolsista, virtual, sem rosto”, desligado da “economia real”.

O bispo de Leiria-Fátima referiu-se a episódios como os recentes atentados na Noruega, à onda de violência e pilhagens nas ruas de Londres e de outras cidades inglesas, bem como à crise financeira mundial que, segundo o prelado, faz como vítimas “os mais pobres”.

Para este responsável, existe um “mal-estar de civilização” que pede um “sobressalto ético global”, o fim de uma civilização assente no “consumismo” que levou ao “desencanto”, a um “vazio de ideais, de causas nobres globais”.

Mais tarde, no início da Peregrinação Internacional dos Migrantes e Refugiados, o prelado deixou uma “saudação cheia de afeto e rica de emoção”, acolhendo milhares de emigrantes e imigrantes que desde o início da tarde se reuniram na Cova da Iria, cerca de 120 km a norte de Lisboa, no distrito de Santarém.

Esta celebração, que acontece anualmente em agosto, é presidida em 2011 por D. Arlindo Gomes Furtado, bispo de Santiago, Cabo Verde.

Às 21h30 é celebrada a missa da vigília, sob orientação de D. António Vitalino, bispo de Beja e presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, entidade responsável pelo setor das migrações na Igreja Católica em Portugal.

Na manhã de sábado, a partir das 10h00, D. Arlindo Gomes Furtado preside às celebrações conclusivas.

OC

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top