Fátima: Santuário conclui primeira fase da edição de textos relacionados com as aparições

«Documentação Crítica» abrangeu período entre 1917 e 1930

Fátima, Santárem, 13 mai 2013 (Ecclesia) – O Santuário de Fátima anunciou este domingo a conclusão da primeira fase da edição de textos relacionados com os acontecimentos de Fátima de 1917 a 1930, com a publicação do 15.º tomo da ‘Documentação Crítica’.

Em 8217 páginas, foram editados, segundo o site do Santuário de Fátima, 3811 documentos, segundo os seguintes tipos: 1086 cartas, 4 livros ou opúsculos; 2 memórias; 62 notas; 2322 artigos de imprensa; 66 testemunhos; 211 documentos oficiais; 33 fotografias e 25 interrogatórios.

O projeto começou a concretizar-se, em 1992, com a edição do primeiro volume, ‘Interrogatórios aos videntes (1917)’ e em 1999, do segundo volume, ‘Processo Canónico Diocesano (1922-1930)’.

Seguiram-se 12 tomos, em três volumes, correspondentes a três períodos cronológicos: volume III (Das aparições ao Processo Canónico Diocesano, 1917-1922), em três tomos; volume IV (Do início do Processo Canónico Diocesano à criação da capelania, 1922-1927), em quatro tomos; volume V (Da criação da Capelania à Carta pastoral de D. José, 1927-1930), em seis tomos.

A intenção de publicar esta documentação já estava “presente no pensamento dos bispos da diocese restaurada de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, D. João Pereira Venâncio” e o projeto foi “reiniciado em 1985, por D. Alberto Cosme do Amaral com o patrocínio científico da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP), através do Centro de Estudos de História Religiosa, e de uma Comissão Científica”.

No tomo sexto do volume V, edita-se a documentação do quadrimestre de 1 de setembro a 31 de dezembro de 1930, que contém 273 documentos: 41 cartas, 5 documentos oficiais, 222 artigos de imprensa, 4 notas e um testemunho, em 483 páginas.

O destaque vai para a Carta Pastoral do bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, de 13 de outubro de 1930, na qual o prelado declarou “como dignas de crédito as visões das crianças na Cova da Iria, freguesia de Fátima, desta Diocese, nos dias 13 de maio a outubro de 1917” e permitiu “oficialmente o culto de Nossa Senhora de Fátima”.

A introdução deste tomo é do padre David Sampaio Barbosa, presidente da Comissão Científica.

“Neste fim dum primeiro percurso, creio ser de justiça reconhecer a abertura mental e a disponibilização de meios que os responsáveis do Santuário sempre manifestaram. Tudo fizeram para que esta comissão científica, de forma isenta, prestasse um bom serviço a Fátima, à cultura e, sensibilizada pelo mundo da fé envolvente, se questionasse sobre os acontecimentos de Fátima e a figura do peregrino”, escreve.

LFS

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